O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), suspendeu a retirada da vacina contra a febre aftosa prevista para 2021, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), problema que prejudicou o andamento de todas as ações e medidas que estavam em execução nos estados brasileiros com esse objetivo.

A informação foi repassada nesta quarta-feira (15),  pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Geraldo Moraes, durante videoconferência que reuniu representantes dos Serviços Veterinários Oficiais e da iniciativa privada dos dez Estados que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (2017-2026) – PNEFA.

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), tem posição contrária ao adiamento e defende a proposta inicial do Mapa, de retirada da vacinação no segundo semestre de 2021. Porém, o Estado faz parte do Bloco IV, que é integrado também por Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal e, mesmo cumprindo todas as 43 metas no âmbito do PNEFA, não poderá, isoladamente, se tornar área livre de vacinação, por causa da interdependência comercial e sanitária existente entre os Estados, o que inviabilizaria a medida.

O presidente da Agrodefesa, José Essado, afirma que Goiás se posiciona favoravelmente à manutenção do calendário de retirada da vacina em 2021. O problema é que diversos Estados do Grupo IV preferem o adiamento, já que não conseguiram avançar por causa da pandemia. A reunião virtual desta quarta-feira contou com dois representantes de cada um dos Estados do Bloco IV, e dirigentes e técnicos do Ministério da Agricultura. Além do diretor de Saúde Animal, participou também o chefe da Divisão de Febre Aftosa, Diego Viali dos Santos.

*Com informações do Governo de Goiás