O ministro da Saúde, Ricardo Barros, confirmou hoje (27) em entrevista exclusiva ao programa Super Sábado, da 730, que o governo federal realizará o financiamento de 99 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em todo o país, sete no estado de Goiás. Ele falou sobre os valores economizados em quase quatro meses à frente do ministério.

Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}Podcasts/2016/agosto/27/ricardobarrosentrevista{/mp3}

“Conseguimos economizar R$ 380 milhões, além de que não gastamos nenhum centavo de correção nos preços dos remédios, o IPCA Farma, daria mais R$ 450 milhões. Portanto, R$ 850 milhões com eficiência na gestão em 100 dias. Esses recursos nós estamos reaplicando em Saúde”, afirma.

O ministro destacou os valores que serão gastos pelo ministério durante a contrapartida às UPA’s: “As 99 UPAs que estavam funcionando com o prefeito bancando, o Estado bancando, sem a contrapartida do ministério, passarão a ter essa contrapartida. Isso vai consumir R$ 180 milhões por ano. E ainda comprados mais de R$ 220 milhões em remédios para tratamento de saúde da população”, pondera.

A respeito da situação do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) em Goiânia, que atualmente funciona apenas com recursos viabilizados pelo governo estadual, Barros não confirma data para um repasse de verba federal, e disse que precisa de uma autorização prévia da equipe econômica, em relação ao orçamento anual de R$ 3,2 milhões.

“Se o hospital está funcionando e não está recebendo a participação devida do governo federal, nós queremos regularizar. Faremos isso agora a partir de setembro, conforme combinado com o presidente Michel Temer. Fica evidente a nossa determinação em fazer cumprir os compromissos que o SUS tem como financiamento compartilhado entre estados (25%), municípios (25%) e União (50%)”, ressalta.

O ministro ressaltou a atual crise econômica vivida pelo país e acrescentou que não pode garantir um repasse de verbas até o final de 2016, mas que espera trazer notícias melhores nos próximos meses.

Sobre o atual cenário político e econômico do país, Barros afirma que, depois de um possível impeachment da presidente afastada da República, Dilma Rousseff (PT), acredita no crescimento do país e na redução da inflação e do juros.

“A confirmação do presidente Temer deve gerar no mercado uma confiança maior, aumento de crescimento econômico e queda de inflação e juros. Isso implica em mais recursos para o poder público, que gastará menos com os juros e correção de contratos pela inflação e arrecadará mais com o crescimento econômico”, destaca.

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