O Ministério da Educação (MEC) recebeu, na terça-feira (2), a visita do diretor-geral adjunto do Instituto de Bolsas de Estudo (IBE) de Moçambique, Juma Muteliha, e da primeira secretária da Embaixada de Moçambique em Brasília, Amélia Zandamela.

O propósito da visita foi conhecer de perto a experiência brasileira com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), pois o Ministério da Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Moçambique pretende melhorar o Programa de Bolsa Empréstimo (PBE) no país africano, em moldes similares ao Fies.

O foco está em abordar de forma estratégica os desafios educacionais, criando oportunidades para a formação de profissionais qualificados e assegurando acesso equitativo à educação superior, independentemente do contexto financeiro dos estudantes.

A delegação moçambicana foi recebida por representantes do MEC, incluindo o coordenador-geral de Políticas de Educação Superior, Adilson Santana de Carvalho, a coordenadora-geral de Assuntos Internacionais da Educação Superior, Jaqueline Schultz, e o coordenador de Assuntos Internacionais, Gustavo Servilha.

Programas

Durante o encontro, Adilson de Carvalho detalhou os programas brasileiros de acesso ao ensino superior, fornecendo um histórico abrangente, discutindo iniciativas potencialmente aplicáveis para a implementação de um programa similar em Moçambique e respondendo às perguntas dos representantes moçambicanos.

“Essa troca de experiências é muito importante. Conhecer a política de financiamento estudantil de Moçambique e poder compartilhar um pouco da experiência brasileira com os programas de acesso ao ensino superior, Fies e Prouni [Programa Universidade Para Todos], foi muito positivo. Essa troca ajuda a entender os desafios que temos em comum e abre oportunidade para aprofundarmos a cooperação”, destacou ele.

Dentre as dúvidas levantadas, estavam questões sobre o processo de inscrição no programa, critérios de elegibilidade e seleção, modalidades de reembolso do empréstimo, acordos estabelecidos com instituições financeiras para operacionalização do programa, métodos de acompanhamento do progresso acadêmico e profissional dos beneficiários pós-graduação, além da existência de estudos ou avaliações que comprovem os resultados e eficácia do programa.

O Programa de Bolsa Empréstimo é coordenado pelo Instituto de Bolsas de Estudos, que representa uma comunidade acadêmica de 3.149 estudantes: 48,1% estão fora de Moçambique e 51,9% estão no país africano. No território brasileiro, o Instituto tem 144 estudantes bolsistas. Durante a visita ao Brasil, a comitiva busca estabelecer encontros com as autoridades responsáveis pela gestão de bolsas de estudo, universidades e/ou centros de pesquisa, para a troca de experiências e boas práticas no âmbito do PBE.

*Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Sesu

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade

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