O governo de Goiás encerrou as atividades do Centro de Internação Provisória do Sistema Socioeducativo (CIP), que funcionava no 7º Batalhão da Polícia Militar, em Goiânia. O Estado tem reestruturado os Centros de Atendimento Socioeducativo (CASE) e buscado novas metodologias de atuação no sistema de encarceramento de jovens infratores.

A secretária de Desenvolvimento Social de Goiás, Lúcia Vânia, explicou à Sagres 730 nesta quarta-feira (3), que quando assumiu a pasta, o governador Ronaldo Caiado solicitou que, cumprisse o termo de ajuste de conduta com o Ministério Público para desativar as instalações do CIP, “que eram instalações extremamente precárias”.

Lúcia Vânia detalhou que com a decisão do juiz da Infância e da Juventude de liberar, nesse período de pandemia, adolescentes que tivessem pequenos delitos para cumprir a pena em casa, fez com tivesse as vagas necessárias para transferir os adolescentes do Centro de Internação Provisória (CIP) para o Centros de Atendimento Socioeducativo de Goiânia. “No Case de Goiânia estamos passando por reformas e acolhemos esses adolescentes para que eles pudessem ter uma formação mais adequada”.

A Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás está reestruturando dos Centros de Atendimento Socioeducativo (CASE) para extinguir o sistema de encarceramento de jovens infratores, adotado em Goiás nos últimos 20 anos, em um sistema socioeducativo, como explicou a titular da pasta, Lúcia Vânia.

“Estamos transformando toda a orientação do Sistema, que até hoje era um Sistema de Encarceramento, para um Sistema Socioeducativo, ou seja, vamos orientar os adolescentes em relação ao trabalho, estamos em convênio com o Senai, vamos colocar capacitação na área de mecânica, na área de eletricidade, enfim, várias atividades para que possam se qualificar”, disse. “Ao mesmo tempo teremos escola em tempo integral e atividades lúdicas para que eles tenham uma formação adequada e que saiam de lá em condições de ser reintegrados à sociedade”.

O próximo passo, segundo a secretária, será a implantação da escola em tempo integral nas unidades de Atendimento Socioeducativo. “Queremos colocar um colégio militar em cada uma das unidades, e ao mesmo tempo, fazer a capacitação e a prática de esportes”, afirmou. “O passo mais importante, depois da recuperação das unidades que estavam depredadas, é implementar os sistema pedagógico, que é mais lenta e difícil, porque é uma mudança de paradigma”.