O torcedor esmeraldino que queria ver de perto o meia Carlos Alberto com a camisa esmeraldina, teve que esperar um pouco mais. A partida contra o Anápolis, marcada para ser a primeira do meia, acabou sendo realizada com portões fechados por conta da punição que o clube recebeu pelas brigas da torcida: Um jogo sem a presença de qualquer torcedor, mais pagamento de multa de 10 mil reais. Assim, com o estádio complemente vazio, o Goiás voltou a vencer e bateu o lanterna do grupo A por 2 a 1, com gols de Érik e Clayton Sales.

 

1°Tempo

Os primeiros minutos de jogo foram bastante mornos, sem muita ação. O Anápolis tentava pressionar desde o início e surpreender a boa defesa do Goiás. Apesar de ter maior posse de bola, o Galo não conseguia efetuar jogadas mais agudas e apenas trocava passes na entrada da área do Goiás. O Verdão, por sua vez, buscava jogadas tabeladas e usando a velocidade pelos lados do campo. Assim, aos sete minutos a primeira boa chance: Clayton Sales bateu de fora da área e por pouco não acertou o alvo.

 

O chute do lateral direito animou a equipe do Goiás e inibiu as decidas do Anápolis, que passou a se preocupar mais em acertar o posicionamento no campo defensivo. Melhorando no jogo, o esmeraldino teve outra boa chance, aos nove minutos, quando Tiago Real finalizou de fora da área e, abusando da precisão, acertou o travessão do goleiro Jair. Em resposta, o Galo da Comarca encontrou um contra-ataque: Weldon invadiu sozinho a grande área e obrigou Renan a sair nos pés do atacante para evitar a abertura do placar.

 

Apesar de tomar o contra golpe, o esmeraldino não diminuiu a pegada e chegou ao primeiro gol com Érik, marcando pela primeira vez na temporada. Após cobrança de lateral, Clayton Sales encontrou David, que lançou o camisa nove do Goiás. Érik, em posição duvidosa, finalizou forte no canto direito, sem chances para Jair: 1 a 0. Após o gol, o Goiás seguiu impiedoso e, aos 19, marcou mais uma vez: Érik de calcanhar encontrou Araújo. O camisa 11 lançou Clayton Sales que passava em velocidade e sem marcação bateu rasteiro para fazer o 2 a 0.

 

Com o prejuízo contabilizado no placar, o Anápolis tentava se reorganizar em campo e digerir os gols relâmpagos sofridos. Buscando fortalecer o meio campo defensivo, Ademir Fonseca fez sua primeira alteração ainda na primeira etapa. O técnico tirou Cassio para colocar Washington. Pouco tempo depois o Anápolis conseguiu assustar o Goiás. Em cobrança de falta, Renato Justi enviou um torpedo rumo ao gol esmeraldino. Renan caiu bem no canto direito e espalmou o chute. A jogada continuou no rebote, mas Nequinha cruzou mal e a zaga esmeraldina completou o corte.

 

O time visitante seguia na pressão, trocava passes no meio de campo, em busca de encontrar alguma brecha na zaga do Goiás. E aos 38 minutos veio a premiação pela insistência: Em jogada rápida, Moisés se apresentou entre a marcação na ponta esquerda, recebeu ótimo lançamento de Weldon e finalizou rasteiro no canto direito de Renan. O goleiro esmeraldino caiu batido na jogada e viu o Galo da Comarca abrir o contador e encostar no placar. 2 a 1. Após o gol, Claudinei promoveu o momento mais esperado da partida: Saiu Ramon, sentindo dores, e entrou Carlos Alberto, estreando pelo Goiás.

 

Nos cinco minutos finais, as duas equipes continuaram mantendo o bom ritmo e chegaram ao gol adversário mais uma vez. O Goiás teve oportunidade com Tiago Real, que foi lançado dentro da grande área mas deixou a bola passar para a linha de fundo. Pelo lado do Anápolis, Moisés finalizou cruzado contra a meta esmeraldina e Renan, tranquilo, caiu para fazer a defesa sem dar rebote. O jogo começou a ficar mais pegado, com entradas duras, e para evitar qualquer problema o árbitro Fabrício Nery encerrou o primeiro tempo: 2 a 1.

 

2°Tempo

 

Já na volta para a segunda etapa, os dois técnicos resolveram mexer na equipe. Ademir Fonseca tirou Wesley Bigu e colocou William Amendoim, enquanto Claudinei Oliveira precisou tirar Juliano, que sentiu lesão no adutor da coxa direita, e promover a entrada de Lima. Assim como a movimentação no banco, os primeiros minutos foram agitados dentro das quatro linhas: aos 2 minutos Carlos Alberto fez boa jogada individual e sofreu falta. David bateu direto para o gol e quase encobriu Jair, que se esticou todo para evitar o prematuro terceiro gol do Goiás.

À partir de então o jogo ficou mais frio, o Goiás dominava o meio de campo e controlava as ações da partida. O esmeraldino buscava pressionar pelas laterais do campo e em bolas paradas. Carlos Alberto cobrou falta da intermediária, próxima à meia lua da grande área, mas pegou muito mal e isolou a bola. Na sequência, Lima, também de falta, assustou o goleiro Jair e tirou tinta da trave esquerda com um belo chute rasteiro. Minutos depois, novamente Carlos Alberto fez fila na defesa adversária e caiu na grande área pedindo pênalti. Fabrício Nery ignorou os pedidos do meia e nada marcou.

Atingindo a marca dos 20 minutos da etapa final, a equipe do Anápolis conseguiu reverter às ações do jogo e agredia o Goiás em busca do empate. Durante três minutos o Galo da Comarca marcou presença na grande área do adversário e por pouco não chegou ao empate. Em cobrança de escanteio a zaga subiu, nada encontrou. Na sequência, Carlos Alberto tirou mal e Moisés finalizou firme contra o gol de Renan. A bola rasteira saiu rente à trave esquerda do goleiro esmeraldino e foi para fora.

Aos 30 minutos veio a melhor chance do segundo tempo. Vinícius, camisa 11 do Anápolis, bateu falta colocada no ângulo esquerdo de Renan. O Goleiro do Goiás espalmou a bola e mandou para escanteio. O adversário montou uma verdadeira blitz no campo defensivo do esmeraldino e conseguiu lançar quatro bolas em sequência para a grande área do Goiás. Assustada, a zaga não se entendia e só aliviou a pressão quando o árbitro Fabrício Nery marcou impedimento de Gustavo, que subia de cabeça para disputar a bola com o zagueiro Pedro Henrique.

Na reta final da partida, Carlos Alberto, que havia entrando ainda no primeiro tempo, deixou o gramado sentindo um leve desconforto muscular na coxa direita. Para evitar qualquer lesão, Claudinei tirou o camisa 19 e colocou em campo João Paulo. Minutos após a entrada em campo, o meia lançou dentro da grande área e Clayton Sales finalizou com muito perigo, mas a zaga do Anápolis desviou para escanteio e cortou o perigo.

O Anápolis ainda teve tempo para tentar uma última pressão, mas pecou bastante no passe final e acabou não conseguindo alterar o placar. Aos 45 o Galo da Comarca desperdiçou a última chance, após cobrança de escanteio na saída errada de Renan, ninguém conseguiu cabecear para o gol. O Goiás não fazia muita questão de atacar, manteve firme e bem posicionado o sistema defensivo e segurou a vitória, por 2 a 1.

 

FICHA TÉCNICA

 

GOIÁS 2 X 1 ANÁPOLIS

 

 

 Local: Estádio Hailé Pinheiro, a Serrinha, em Goiânia (GO)

Data: 26/02/2014
Horário: 22h
Árbitro: Fabrício Nery
Assistentes: Márcio Soares e Christian Passos

 

 Gols: Érik 14” 1T (1-0), Clayton Sales 19” 1T (2-0); Moisés 38” 1T (2-1)

Cartões Amarelos: Carlos Alberto e Amaral(Goiás); Renato Justi e Sílvio (Anápolis) 

 

 GOIÁS: Renan; Clayton Sales, Pedro Henrique, Valmir Lucas e Juliano (Lima); Amaral, David, Ramon (Carlos Alberto) e Tiago Real; Érik e Araújo

Técnico: Claudinei Oliveira

 

ANÁPOLIS: Jair; Nequinha, Silvio, Renato e Wesley Bigu (William Amendoim); Jackson, Max Carrasco, Vinicius e Cássio (Washington); Weldon (Gustavo) e Moisés
Técnico: Ademir Fonseca