Washington Fraga (PSOL), candidato ao governo do Estado pela coligação “Goiás para você, não para eles”, abriu nesta segunda-feira (16), a “Sabatina 730”. Durante a semana, todos os governadoriáveis serão entrevistados no estúdio da Emissora seguindo ordem estabelecida por sorteio realizado no dia 21 de julho. Durante a entrevista, realizada por Altair Tavares, Eduardo Horácio e Marcelo Heleno, o candidato apresentou suas propostas e defendeu a aprovação do projeto que autoriza o empréstimo para a CELG.


Veja a entrevista na TV 730 em duas partes

Ouça na íntegra a participação do candidato

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Leia parte da entrevista:

730 Temos ouvido algumas avaliações de que o senhor uma hora critica o Iris Rezende nos debates, em outra hora parte para Marconi Perillo. Um dos assuntos preferidos do senhor é o caso Celg, e a situação da empresa. Qual a visão que o senhor tem sobre o debate do momento em relação à aprovação ou não do financiamento que pretende salvar a empresa?

Washington Fraga –  Nós defendemos que a Celg, tem que salvar ela. Isso nós defendemos e concordamos. O que nós defendemos é que haja um debate sobre esse assunto. Discutir com a sociedade organizada e buscar uma solução definitiva pra Celg. O que é buscar uma solução definitiva pra Celg? Vamos pegar esse R$ 3,7 bilhões. Vai blindar a Celg para ela não ser atacada novamente, destruída novamente? E aí o pessoal tem uma proposta pra blindar a Celg. Não é colocando gente do governo federal na administração da Celg que vai blindar a Celg, porque até o governo federal nas suas administrações tem corruptos, não é porque é federal é que as pessoas são os experts, são as pessoas sérias para administrar a empresa. O que o PSOL defende é que seja criado um conselho da sociedade, organizado, que possa fiscalizar os gestores das empresas públicas, não só a Celg, nós defendemos que seja criado isso. Outro ponto: nós queremos que a Celg não seja privatizada. Entendemos que a Celg tem que ficar sob controle do Estado e entendemos que aqui no estado de Goiás tem pessoas, homens e mulheres honestas, que possam administrar essa empresa.

O que o senhor entende por blindagem?

Blindagem é acabar com as ingerências políticas.

Que tipo de ingerência?

Um cargo importante da Celg, um vereador vai lá e nomeia um cidadão que não tem competência, não tem capacidade disso. Blindar a Celg, no meu ponto de vista, nós não queremos, vamos supor, que a Celg não faça doações, sendo que ela não tem capacidade de fazer doações. Nós não queremos, vamos supor que a Celg gasta uma fortuna em publicidade, tipo contratando o Popó, que não conseguiu publicidade lá na Bahia, afiliado de Antônio Carlos Magalhães, vem aqui no estado de Goiás e recebe uma fortuna de patrocínio por parte da Celg. Isso é que é blindar a Celg. Nós não queremos que contrate advogado a peso de R$ 40 milhões. Isso eu coloquei no debate, coloquei na frente do candidato do senador Marconi Perillo, um membro da coligação, ‘olha, na gestão do senhor contratou-se um advogado na parte de R$ 40 milhões sendo que a Celg tem mais de 10 advogados lá. Então blindar a Celg é nesse sentido.  

Candidato, mas objetivamente, pelo que o senhor viu, pelo que o senhor acompanhou, pelo que o senhor conhece, e conhece profundamente a Celg, o senhor é a favor ou contra a proposta do empréstimo que está sendo proposto, está sendo discutido  na Assembléia Legislativa?

Eu disse aqui, eu não sou contra, sou a favor e que nós precisamos criar mecanismo definitivo dentro da Celg pra que ela não possa cair nessa situação que ela caiu novamente.

O senhor é a favor, mas o senhor acha desnecessário que o governo federal mande os seus técnicos para assumir a empresa, é isso?

Não, eu estou defendendo, o PSOL está defendendo que crie-se um conselho da sociedade organizada para efetivamente blindar a Celg. Estou dizendo, que não são as pessoas do governo federal é que vai significar uma blindagem da Celg, isso que estou dizendo.

Os funcionários da Celg, conversei com alguns sexta e sábado, inclusive entrevistas, estão de certa forma preocupados com o fim da empresa, não? O senhor está de certa forma com o discurso afiado com o que eles dizem?

Eu estou defendendo que salve a Celg. É fundamental esta empresa estar sob controle do Estado. O que nós estamos defendendo é que tenha transparência, que faça um debate, que busque mecanismo para que a gente possa blindar essa Celg. Se a gente pegar R$ 3,7 bilhões recuperando a Celg, nós temos que criar mecanismo que ela não possa acontecer o que aconteceu nesses anos todos.

Depois de duas semanas de visitas aos domicílios brasileiros para aplicar os questionários do Censo 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou hoje (16) que o ritmo de crescimento da família brasileira tem diminuído, assim como o número de moradores por residência.

Segundo o presidente do instituto, Eduardo Pereira Nunes, 9 milhões (17%) dos 59 milhões de domicílios do país foram entrevistados, no período. A meta era entrevistar, nesse intervalo, 9,1% das residências por unidade da federação e o índice só não foi alcançado no Rio Grande do Sul.

“O censo está mostrando que o número médio de moradores nos domicílios, hoje, é relativamente pequeno em relação aos censos anteriores, com famílias, com moradores que tendem a passar boa parte do dia fora de casa, trabalhando ou estudando”, afirmou.

O presidente do IBGE explicou que a ausência de moradores tem atrapalhado os recenseadores, que tiveram dificuldade de encontrar alguém em casa no horário comercial. Por isso, Nunes lembrou que os profissionais retornarão aos domicílios à noite ou nos fins de semana.

O IBGE também divulgou que 1,8 mil pessoas optaram por responder as perguntas do questionário pela internet, nessas duas semanas, possibilidade acessível apenas depois da visita do recenseador. Esta é uma das facilidades do censo deste ano, que é o primeiro totalmente informatizado.

Cerca de 190 mil recenseadores estão nas ruas desde o dia 1º de agosto para fazer um levantamento das condições de vida dos brasileiros. As informações vão ajudar na elaboração de políticas públicas e no planejamento de investimentos para os próximos anos.