ONU/Daniel JohnsonDiretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

Genebra, na Suíça, abriga até sábado a Assembleia Mundial da Saúde. Na abertura do encontro, nesta segunda-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, pediu mais compromisso político para que a cobertura universal de saúde se torne uma realidade.

Tedros Ghebreyesus disse que o Brasil já apresentou uma lista de 10 compromissos em prol da cobertura universal de saúde. O Japão é outro país que está na liderança investindo quase US$ 3 bilhões no tema.

Compromisso

O diretor-geral da OMS se mostrou otimista, mencionando também o “incrível compromisso político para o combate de doenças”. Pela primeira vez, a Assembleia Geral da ONU terá encontros de alto nível sobre duas questões de saúde: doenças crônicas e tuberculose.

Tedros Ghebreyesus lembrou que as pessoas que sofrem desses problemas dependem dos líderes políticos, principalmente os pacientes que não conseguem acesso ou pagar os tratamentos necessários.

Na Assembleia Mundial da Saúde, ele explicou que outra chave para o sucesso da cobertura universal são parcerias.

Bem precioso

O diretor-geral da agência declarou não existir no mundo nenhuma commodity mais preciosa do que a saúde. E sendo uma instituição encarregada de defender a saúde de 7 bilhões de pessoas, é natural que a OMS deva respeitar os mais altos padrões.

Em relação ao surto de ebola na República Democrática do Congo, Tedros Ghebreyesus afirmou que a situação é séria, especialmente devido aos casos numa zona urbana, mas garantiu que o preparo para se combater o vírus é muito melhor do que em 2014, quando o ebola atingiu vários países africanos.

Sobre projetos da OMS, o diretor-geral mencionou a criação de uma Comissão de Alto Nível sobre Doenças Crônicas; os trabalhos para tratar 4 milhões de pessoas com tuberculose; uma iniciativa para ampliar a luta contra a malária; um pedido de ação para a eliminação do câncer cervical e novas diretrizes para eliminar a gordura trans de alimentos industrializados.

Tedros Ghebreyesus afirma que manter o mundo saudável e seguro está no DNA da Organização Mundial da Saúde. Segundo ele, a erradicação da varíola é um exemplo do que a agência consegue fazer com o apoio de parceiros, porque a OMS “é uma organização que pode mudar o rumo da história”.