A ex-presidente da Libéria e ganhadora de um Nobel da Paz, Ellen Johnson-Sirleaf, participou da Conferência Internacional Amazônia e novas Economias, em Belém. O evento teve promoção pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), capitaneado pelo ex-ministro Raul Jungmann. Após o discurso no evento, Sirleaf falou com jornalistas sobre representatividade das mulheres na política.
A Nobel da Paz de 2011 define qual o papel das mulheres na transformação para um mundo pacífico e sustentável. “Se olharmos para o papel das mulheres proeminentes, onde quer que seja, onde as mulheres assumem a liderança, temos paz, temos a promoção da igualdade, mas não as temos em número suficiente”, afirmou.
“Não temos mulheres líderes suficientes. E esse é o problema do mundo atual, que precisa de mais mulheres fortes, capazes, competitivas, empenhadas, que possam assumir o poder, porque elas usam o poder de forma diferente”, defendeu. Para Sirleaf, as mulheres “não usam o poder para a força e para a violência”. “Usam para a união, a paz e a prosperidade. Por isso, eu encorajo todos vocês a continuarem a fazer disso a sua alegria: promover as mulheres onde virem uma mulher forte. Promovê-las para que possam continuar a avançar e se manterem em movimento”.
Nobel da Paz
Economista com formação nos Estados Unidos e ex-ministra das Finanças, Ellen Johnson-Sirleaf venceu o Nobel da Paz após ser a primeira mulher a se tornar chefe de Estado na África, em janeiro de 2006. Ficou conhecida na Libéria país como ” dama de ferro” e alcançou apoio entre as mulheres liberianas e a pequena elite com mais acesso à educação.
Análise
A Nobel da Paz ainda tratou, na entrevista coletiva em Belém, das eleições norte-americanas e presença do continente africano no G20. O encontro ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.
Relativo…
“Quando as pessoas estão em campanha política, fazem todo tipo de declarações. Também fiz quando estava em campanha. Temos de esperar e ver o que realmente fazem. Além disso, grande parte da ação de um líder, em qualquer lugar, dependerá da qualidade e da autonomia da instituição. Alguns deles não conseguem pôr em prática o que pretendem por causa de instituições autônomas fortes”, considerou a Nobel da Paz sobre a vitória de Trump.
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*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 05 – Igualdade de Gênero; ODS 10 –Reducação das Desigualdades; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.
