A Nasa lança, nesta terça-feira (06/02), um satélite promissor que tem as funções inéditas de monitorar a saúde dos oceanos e da atmosfera terrestre. De acordo com a agência americana, o equipamento permite acompanhar os “sinais vitais” da Terra, o que vai proporcionar um monitoramento da saúde do planeta como nunca antes.

O satélite Pace será transportado pelo foguete SpaceX Falcon 9 e o lançamento ocorre na Flórida, nos EUA. A tecnologia vai fornecer detalhes sobre as microalgas dos oceanos, chamadas de fitoplâncton, que ainda não haviam sido alcançadas pelos pesquisadores, de acordo com a Nasa.

O monitoramento das microalgas é central para a vida no planeta porque são elas as responsáveis pela liberação de 50% a 90% do oxigênio disponível na Terra. Embora haja uma teoria difundida de que as florestas, principalmente a Amazônia, são o “pulmão do mundo”, na verdade, são as algas os reais produtores de oxigênio.

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Isso porquê as árvores realizam fotossíntese durante o dia, processo que libera oxigênio, mas realizam respiração celular à noite, processo que consome oxigênio. Nesse sentido, o saldo de oxigênio que uma floresta produz não é tão significativo quanto o dos fitoplânctons.

As florestas ajudam na liberação de oxigênio e são fundamentais na regulação do clima, principalmente das chuvas, além de manter o equilíbrio do ecossistema. Além da produção de oxigênio, o fitoplâncton é a base da cadeira alimentar e também possuem importância para o equilíbrio do clima.

O satélite Pace, sigla em inglês que significa Plankton, Aerosols Clouds and Ocean Ecosystems, tem a capacidade de detectar até 256 cores do oceano. Isso porque os fitoplânctons possuem diferentes cores, conforme a espécie. De acordo com a Nasa, o volume de dados é muito superior ao que a ciência tem acesso hoje, uma vez que os dispositivos atuais conseguem captar no máximo 10 cores diferentes.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com informações da Agência Brasil.