Neste fim de semana, no sábado (25) e domingo (26), no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-GO) em Goiânia, será realizado o 2° Simpósio Goiano de Felinos.  O evento vai tratar de temas como manejo de doença renal crônica nos gatos, cuidados com as doenças ocultas nos felinos idosos, entre outros.

Em entrevista no quadro Mundo Pet, do programa Cidadania em Destaque, desta sexta-feira (24), o médico veterinário, Alexandre Satoshi Sano, destacou o fato de a enfermidade costumar atingir os gatos com frequência. Qualquer raça, sexo ou idade podem ser afetados, entretanto, animais mais velhos desenvolvem enfermidades com maior frequência.

Ouça a seguir a entrevista na íntegra 

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“Depois de uma certa idade, 7 ou 8 anos, o gato começa a apresentar uma pequena alteração na parte renal. Entre os sintomas está o aumento da ingestão de líquidos e da excreção urinária, assim como a diminuição também. Aftas na boca e dificuldade em urinar também são sinais de alerta”, frisa.

Segundo o especialista, em caso de detecção de algum destes sintomas, o recomendado é procurar um veterinário para tratar .

“Nós tiramos esses animais do mundo natural, trouxemos para dentro de casa, mudamos a forma de alimentar e a rotina, então eles apresentam sinais pra gente também. Essas doenças renais podem prover de alimentação ou uma falta de aceitação do corpo a ela”, alerta.

Satoshi Sano ressalta que comida de humanos não deve ser dada aos felinos, e que é importante que os bichos tenham uma rotina de exercícios, que pode ser feita até mesmo dentro de casa. Hábitos como estes podem evitar as chamadas doenças ocultas, que aparecem geralmente quando o gato atinge a melhor idade.

“São doenças que apresentam poucos sintomas. Por exemplo, pode estar com um distúrbio cardiológico e não está demonstrando, não há o cansaço, sinal de arritmia muito claro, não está mancando mas tem artrose, ou seja, são inúmeras doenças que a gente não percebe. A intenção deste tema no simpósio é mostrar que, em caso de qualquer alteração, é preciso buscar um veterinário. Hoje temos uma gama de exames para se chegar a um diagnóstico e ajudar no tratamento”, salienta.

Tratamento

Gatos com insuficiência renal crônica muito grave necessitam de internação para tratamento com soro intravenoso, suporte nutricional e medicamentos.

Em caso de manifestações menos graves da doença, o tratamento pode ser feito em casa com medicamentos e dieta apropriada.

O profissional pode recomendar determinados tipos de ração para gatos, que só estão disponíveis com prescrição médica que contém baixos níveis de proteínas, fósforo e sódio e devem, portanto, reduzir a sobrecarga sobre os rins. Outros medicamentos são indicados para controlar alguns sintomas da insuficiência renal, tais como, náusea, inapetência, desequilíbrio mineral e eletrolítico, deficiências hormonais e pressão sanguínea alta.

É importante que haja água fresca todo o tempo ao alcance dos gatos afetados pela doença. O veterinário pode ensinar ao proprietário como administrar soro suplementar sob a pele, na chamada terapia líquida subcutânea. Este método é geralmente recomendado para animais com insuficiência renal crônica de moderada a grave.

Recomenda-se a repetição de exames regularmente para monitorar a doença. O número de visitas ao médico veterinário irá variar de acordo com a gravidade da doença do gato e de sua resposta ao tratamento.

Com informações do site Renalvet