Criada em 2018, Associação Atlética Neurologia Ativa participa da Superliga B de Vôlei Masculino. Ao lado do Goiás, representa o Estado e busca vaga na principal divisão da modalidade. Na última temporada, quase alcançou o objetivo – parou na semifinal – e agora se organiza para disputar mais uma edição do torneio. Mais do que os treinos em quadra, superar as dificuldades financeiras para a manutenção do projeto é um desafio tão complicado quanto vencer uma melhor de cinco sets em um jogo de vôlei.
O Ginásio da Cidade Jardim, na praça Abel Coimbra, é a base para o trabalho da Neurologia Ativa. Dos jogos de vôlei na Superliga B, até as aulas do projeto, tudo acontece no local. São atendidas 480 crianças nas variadas modalidades de iniciação esportiva – basquete, futsal, vôlei, handebal. Além de 30 idosos em atividades multifuncionais. Além do esporte – que é de graça para a população -, a Associação ainda promove assistência social com entrega de cestas básicas e outras atividades.
“Ali era uma comunidade que estava fragmentada, com muita drogadição. O esporte para os moradores da região da Cidade Jardim, naquela microrregião, serviu para ajudar a resolver esses conflitos. Hoje em dia é uma realidade com os nossos 18 projetos”, diz Sávio Beniz, um dos fundadores e presidente do Neurologia Ativa.
Superliga
Em meio ao projeto social, tem o time profissional de vôlei, que cresceu depois de conquistas regionais que o levaram para a disputas nacionais. Com bons resultados em quadra e a vaga na Superliga B garantida pelo segundo ano seguido, tocar o projeto social e o esporte de alto rendimento passou a ser um desafio ainda maior.
“O projeto todo, incluindo o time de vôlei, gira em torno de R$ 120 mil por mês. Tem coisas que as emendas públicas que nos autorizam a realizar os projetos, não pagam. Então temos que tirar do bolso”, ressalta Sávio.
A disputa da competição ainda não tem data para começar. A previsão é que seja no fim de 2023. Estão confirmados, além de Neurologia Ativa e Goiás: Araucária, Manaus, Brasília, Rede Cuca (Ceará) e outros quatro times que subirão da terceira para a segunda divisão. Dois clubes sobem para a primeira divisão.
“O nível da competição é muito forte. Estamos confiantes em uma boa campanha”, salientou Danilo Alves, ponteiro do Neurologia, que junto com o Sávio, fundou a Associação.
Ano decisivo
E a temporada que está para começar é decisiva para o Neurologia Ativa. Na entrevista que concedeu ao Podcast Debates Esportivos, Sávio Beniz foi claro que não entende porque o vôlei goiano não conta com investimento dos empresários locais.
“Acontece algo em Goiás que não tem em outro estado do Brasil. Temos dois times na Superliga B, quatro times que vão disputar a Superliga C e ninguém aposta em patrocínios. Finaceiramente, é um anos decisivo para seguir com o time de vôlei, mesmo que a gente consiga subir para a primeira divisão”, alertou Beniz, que mesmo com uma boa campanha na Superliga B, tem o “pé atraz” quanto ao futuro do projeto.
“Basta lembrar do Monte Cristo, que subiu aqui e teve de ir para Montes Claros (MG) para jogar a Superliga”, finalizou.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 3 – Saúde e bem-estar; ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes.
Podcast
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