O presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, foi um dos entrevistados do programa Manhã Sagres desta quinta-feira (19). Ao falar do segundo turno das eleições municipais, Vilmar afirmou que o voto da população não é racional, mas baseado em sentimentos. O fator emocional, segundo ele, fez o candidato à prefeitura de Goiânia pelo MDB, Maguito Vilela, terminar o primeiro turno na frente.

“Somos um país de cultura muito afetiva e nosso voto não é racional e sim baseado em sentimentos e percepções. Sempre acreditando na presunção de boa fé do povo. (…) O fato de Maguito ser conhecido, uma pessoa querida, com baixo nível de rejeição e estar no hospital, sensibiliza a população e move o desejo de votar nele. É só esse fator? Claro que não. Mas ele interfere sim, na minha avaliação”, declarou Vilmar.

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O ex-deputado federal atribui esse componente à repercussão negativa das declarações de Vanderlan Cardoso sobre o Senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca. Segundo ele, esse foi um dos fatores que tiraram a vitória do candidato no primeiro turno, uma vez que no início da campanha o nome dele liderava as pesquisas.

“Nossa grande surpresa foi que a diferença foi muito grande. E atribuo esse resultado a dois fatores: Vanderlan foi muito atacado no primeiro turno. Ele fez declarações que não foram aceitas pela sociedade. E isso, claro, interferiu no resultado. O segundo fator é a circunstância de Maguito estar hospitalizado em São Paulo. E isso gera uma interferência no subconsciente e no sentimento das pessoas”, pontuou o presidente estadual do PSD.

A estratégia de campanha teve de ser recriada, segundo Vilmar, em função da condição de saúde de Maguito Vilela. “É uma situação difícil você disputar uma eleição quando o candidato está hospitalizado. Ele não está na campanha. É impossível estabelecer debate. (…) Então, temos 10 dias. Eu acho que a estratégia tem que ser a apresentação das propostas, ser propositivo. Tentar sensibilizar a população. Essa é uma eleição muito diferente e atípica”, ressaltou.

Críticas

“Nós temos só um candidato em campanha. O outro está hospitalizado. O vice de Maguito não é conhecido. Ele não tem história na política ou na gestão em Goiás. Você pode perguntar por aí. Ninguém o conhece. De onde ele é? Qual o perfil? Acho legítimo que isso precisa ser discutido e debatido”, criticou Vilmar Rocha.