(Foto: Assembleia Legislativa)
A liderança do MDB na Assembleia Legislativa, exercida pelo deputado Henrique Arantes a partir desta semana, não será apenas simbólica. O parlamentar pretende colocar em prática orientação do presidente regional do partido, ex-deputado Daniel Vilela, e exercer o direito regimental de orientar a bancada em votações no plenário e em comissões – principalmente em matérias do governo estadual.
O deputado definiu o posicionamento em entrevista à Sagres 730, segundo ele, o papel é refletir a vontade das lideranças do MDB do Estado de Goiás, que votaram para que o governador do Estado não fosse o governador Ronaldo Caiado, mas sim o Daniel Vilela. “Como não logrou êxito eleitoral, essas pessoas não querem que o governo do Estado conduza suas ideias, que não são de acordo com essa militância na forma como vem conduzindo”, disse. “A minha função aqui é fazer essa pontuação e fazer essa crítica ao governo, logo eu tenho como missão claro que fazer uma posição do Governo do Estado, então é isso que nós vamos realizar aqui”, completou.
Questionado se vai orientar votos, o deputado Henrique Arantes confirmou. “Vou orientar votos, agora o que me foi passado, é que a bancada tem liberdade de agir se quiser ser oposição ou se quiser acompanhar o governo, eu não vou ter autonomia de fechar questão e exigir que os membros votem na forma como a liderança entender”, ressaltou.
Já o líder da base do governador Ronaldo Caiado (DEM) na Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, rebate o anúncio feito pelo novo líder do MDB na Casa, Henrique Arantes, que promete efetivar orientações diretas à bancada contra projetos do governo estadual.
Bruno Peixoto recebeu com naturalidade a perspectiva de Henrique, mas adiantou que as orientações deverão ser ignoradas, já que ele e os deputados Humberto Aidar e Paulo César Martins seguem fiéis ao Palácio das Esmeraldas. “Conversei bastante com o Henrique, da mesma maneira Humberto Aidar e Paulo Cezar Martins e ficou muito claro esse ponto, ele vai colocar a sua posição, a posição pessoal em relação ao trabalho e, que nós temos a nossa independência em relação as votações, isso foi muito claro”, disse.
*Reportagem de Rubens Salomão