Preencher 100% das vagas oferecidas em cursos de bacharelado e licenciatura é uma das prioridades da Universidade Federal de Goiás (UFG) para 2023. Um novo processo seletivo está em fase de análise e deve ser aprovado em janeiro.

Segundo a professora da Faculdade de Educação e diretora do Centro de Gestão Acadêmica (CGA) da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFG, Karine Nunes de Morais, estudantes que fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2009 poderão concorrer às vagas.

“A gente vai ampliar para um público que está afastado da escola já há um certo tempo ou que se organizou para fazer o SiSU no ano anterior”, afirma.

O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) é o programa do Ministério da Educação (MEC) para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país.

“Já foi aprovado na Câmara de Graduação e, agora, em janeiro ele dever ser aprovado no SisTec. É justamente para lançarmos as vagas oriundas do SiSU e que não foram preenchidas, para um novo processo seletivo. Esse processo seletivo estaria aberto para candidatos que fizeram o Enem de 2009 a 2022”, informa Karine.

Dificuldade

Nos últimos anos, a UFG não tem conseguido preencher 100% das vagas em parte de seus cursos de bacharelado e licenciatura. Houve o preenchimento de cerca de 88% das vagas do SiSU ofertadas no último ano na região metropolitana.

“As licenciaturas estão entre os cursos que tiveram pouco preenchimento ou preenchimento um pouco abaixo de 80%, que foi a média da universidade. Mas também tivemos licenciaturas com 100% de preenchimento”, destaca Karine.

De acordo com a diretora, a pandemia também contribuiu para a redução no ingresso de estudantes nos cursos ofertados.

“Em 2018 e 2019 foram preenchidas 97% das vagas. No ano de 2021 somente 86% das vagas foram preenchidas. Estávamos no auge da pandemia e, agora, em 2022, 89% das vagas foram preenchidas. A gente entende que há um reflexo da pandemia no preenchimento das vagas”, avalia.

Entretanto, alguns cursos obtiveram 100% das vagas preenchidas. A professora não menciona quais, mas garante que o desequilíbrio no preenchimento ocorre em todas as áreas, tanto em licenciatura como em bacharelado, seja no período noturno como nos de tempo integral.

“Isso passa pelas condições socioeconômicas, a necessidade do nosso potencial estudante conciliar trabalho e estudo, passa pela escolha do curso, mobilidade urbana, expectativa quanto ao futuro, perspectivas profissionais”, relata.

Após a aprovação em janeiro, a expectativa é que a divulgação do novo processo seletivo seja feita em fevereiro de 2023, com aplicação em abril.

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