Léo Sena já se apresentou ao Atlético Mineiro, e como o Goiás anunciou previamente que o jogador só se apresentaria em Belo Horizonte se o negócio estivesse absolutamente seguro, a gente chega à conclusão que não há volta. Lá ele cumpre uma quarentena e mesmo não tendo sido divulgado, quarentena neste momento, no mundo inteiro, está ligada ao Coronavírus.

De duas uma: ou o jogador testou positivo, ou o departamento médico do Atlético Mineiro achou por bem manter o jogador isolado, temendo que o vírus possa estar incubado, já que em alguns casos ele leva até 14 dias para se manifestar. Contudo este aspecto não altera em nada o negócio. O vírus encontra no organismo do atleta uma resistência que torna a Covid 19 uma simples gripe – pelo menos tem sido este o quadro geral nos atletas que testaram positivo para a pandemia, inclusive os três do Goiás.

Léo Sena deixa uma vácuo no time titular do Goiás e traz para os cofres do clube nada menos do que R$ 4 milhões, e com este dinheiro o clube goiano precisa montar um time melhor para disputar o Campeonato Brasileiro da Série A.

Como afirmei, há o vácuo do Léo Sena no meio campo, como já havia um enorme no ataque desde a saída de Michael, para o Flamengo. Embora os gestores do futebol no Goiás não admitam, o time atual é fraco. As contrafações do início do ano não surtiram o efeito esperado. Mais uma vez o clube trouxe jogadores com análise do currículo, mas sem observar a produtividade contemporânea e nem sempre um jogador brilhante há três anos atrás, mantém o futebol que o fez envolvido em negociações de grande valor.

Nem condeno a grande valorização dada pelo clube esmeraldino ao currículo, mas crítico a falta de observação da fase atual do jogador. É preciso monitorar antes de contratar e pesquisar números do desempenho, antes de assinar o vínculo. Pela prática de 2019 e do início deste ano, parece que o Goiás não anda fazendo isto. Peças que dão a certeza de uma boa participação no Brasileirão, o Goiás tem apenas o goleiro Tadeu, o zagueiro Rafael Vaz e a dúvida sobre o Deivid Duarte, outro zagueiro de muita qualidade, mas que está voltando de um longo período de inatividade em função de uma contusão.

Tudo mais é incógnita e um clube do tamanho do Goiás não pode entrar em um Campeonato Brasileiro da Série A com um time cheio de dúvidas quanto ao desempenho. A torcida do Goiás está entre as que asseguram grande retorno quando o time está bem montado, mas também está entre as mais exigentes.

Este período de paralisação obrigatória pela pandemia, dá aos gestores de futebol do Goiás todas as condições de pesquisar, se informar e buscar as peças certas para uma disputa à altura da tradição do clube no Brasileiro. Esta pesquisa proporciona maior índice de acerto, com menor valor de investimento.

É compreensivo que o Goiás queira ter dinheiro em caixa, mas é inaceitável um vexame no Campeonato Brasileiro. Com os R$ 4 milhões que o clube vai receber dá para reforçar o time para fazer uma grande campanha, que há algum tempo o Goiás vem devendo à sua torcida, e tomara que a diretoria do clube veja isto.