O Atlético Goianiense não vai mais estrear no Campeonato Brasileiro contra o Corinthians no domingo (9), já que o alvinegro se classificou para a final do Campeonato Paulista e terá de entrar em campo nos dias 5 e 8 de agosto. Desta forma, a primeira partida do rubro-negro goiano será contra o Flamengo, dia 12, no Estádio Olímpico em Goiânia.
Se fosse enfrentar a equipe paulista na primeira rodada, o técnico Vágner Mancini teria problemas para escalar o time, visto que alguns atletas estão no departamento médico. Mesmo com o adiamento de três dias na estreia, a tendência é que o treinador continue tendo desfalques e não só por contusão.
Em entrevista à Sagres 730 na manhã desta segunda-feira (3) o presidente Adson Batista revelou que jogadores que são considerados titulares testaram positivo para a covid-19 na última bateria de exames realizada pelo clube na última sexta-feira (31).
“Hoje nós teríamos em torno de seis jogadores que desfalcariam o time, cinco seriam titulares. Então é muito preocupante. Os jogadores têm tomado todos os cuidados e o clube também, mas infelizmente é um negócio inexplicável. Os jogadores, em sua maioria, são assintomáticos, mas estão isolados para não contaminarem outras pessoas”, disse o dirigente.
Um dos desfalques é o atacante Renato Kayzer, que está no departamento médico por conta de uma lesão no músculo adutor da coxa esquerda. Os outros, contaminados pelo coronavírus, estão isolados e não participam das atividades no CT do Dragão. Por isso, na visão do presidente, a doença é o grande problema do clube às vésperas da competição nacional.
“O maior problema do Atlético-GO hoje, dentre vários que a gente tem, é a covid-19. É o que mais me preocupa porque a cada vez que testamos os jogadores surge um novo foco, um novo problema. Por conta dessa questão de saúde o treinador não pode nem saber o time que terá na mão na estreia do Campeonato Brasileiro. Tivemos que afastar os jogadores infectados, então é uma situação que preocupa muito”, afirmou Adson.
Assim como nos primeiros casos identificados, o clube não divulgará os nomes dos infectados. Diferentemente dos primeiros meses do protocolo onde os atletas e funcionários eram testados de 15 em 15 dias, a partir de agora as baterias de exames serão semanais.
“Nós estamos vivendo um momento complicado, é uma situação que me preocupa. Na hora do campeonato começar, começaram também a aparecer esses problemas com maior profundidade. Nós estamos administrando, algumas pessoas no clube tiveram a doença e estamos tomando todos os cuidados, fazendo os exames semanalmente e esperamos que nesta semana não tenhamos mais notícias ruins para focarmos apenas na preparação para a estreia do campeonato”, lamentou o presidente do Dragão.
Por conta dos desfalques, o dirigente viu com bons olhos o adiamento da estreia rubro-negra na Série A. Com o Corinthians na final do Paulistão, o primeiro confronto da equipe goiana na competição nacional será no dia 12 contra o Flamengo.
“Nós queríamos estrear para não ficar muito tempo sem jogar, mas acaba sendo positivo porque um dia para nós é importante nesse momento por conta desses problemas que eu relatei. Acaba que vamos tirar proveito disso para ver se temos algum jogador de volta, já que não tem como precisarmos quando o atleta se contaminou. Então é em cima de exames, a partir do momento que ele não estiver transmitindo mais, a gente pode contar com ele. Esse adiamento, mesmo que por três ou quatro dias, é importante para nós”, analisou.
Ouça na íntegra a entrevista exclusiva de Adson Batista na Sagres 730:

 

*Matéria em atualização*