Principais ‘combatentes’ dos sintomas da Influenza A, popular Gripe Suína, não podem mais ser encontrados nas drogarias e redes de farmácias da capital. Saiba o que está acontecendo Os medicamentos Tamiflu, fabricado pela empresa Roche, e Relenza, da GlaxoSmithKline (GSK), são indicados para o tratamento gripal. Ambos os remédios – que minimizam os sintomas e até mesmo fazem com que o vírus fique no organismo por menos tempo – estão em falta em Goiânia. Em contato com drogarias de grandes redes como: Santa Marta, Nossa Rede, Rede 2000 e Pague Menos, nenhum dos estabelecimentos possuía os ‘requisitados’ antivirais.
“Trabalhamos com eles, mas estão em falta. Não vêm para a gente”, disse o funcionário do departamento de compras de uma das redes atuantes em Goiânia, Edson Medeiros. Já o vendedor, Rehnardi Vandré, lembra que assim que a notícia da nova gripe foi dada, os dois medicamentos foram bastante vendidos. Uma semana depois, ainda segundo ele, os produtos não podiam mais ser encontrados. “Está em falta na indústria.”, suspeita.
Elias Alves também é vendedor de medicamentos. Ele trabalha em uma farmácia onde duas ou três pessoas buscam comprar o Tamiflu todos os dias. “Está faltando nas distribuidoras. As pessoas têm procurado para prevenir das doenças”, disse. Apesar da falta, tanto Elias, quanto os outros colegas de função, são orientados a não indicar outro remédio. Outro que “ganha a vida” como vendedor de remédios é Edmar Conti. Ele afirma que a procura por Tamiflu e Relenza cresceu, mas, no local que trabalha, não tem para vender. “Já pedi, mas não eles [distribuidores] não têm em estoque”, reclama.
Na distribuidora
Em uma das distribuidoras de medicamentos localizada em Goiânia, um gerente de cadastro que não quis se identificar suspeita que o laboratório GSK não fabrica mais o Relenza. Sobre o Tamiflu, ele acredita que o laboratório pode estar sem matéria-prima.
“Quando um produto é fabricado mais, fica um bloqueio em nosso sistema. O Tamiflu não está”, revela.
Tamiflu só no hospital
O Ministério da Saúde (MS) brasileiro recolheu o Tamiflu das farmácias, deixando-o disponível, apenas, em hospitais. Segundo o site oficial do órgão, atualmente, o Brasil possui 68 hospitais de referência para tratamento de pacientes graves e infectados pelo novo vírus.
Em nota, o MS ainda alerta que apenas pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o Foto: Ministério da Saúdeinício dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave, serão medicados com o Tamiflu. Os demais terão os sintomas tratados, de acordo com indicação médica.
“O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão e Hong Kong. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o Tamiflu”, recomenda.
Sobre a possível escassez do antiviral no país, o Ministério da Saúde diz possuir estoque suficiente de medicamento para tratamento dos casos indicados. “Além de comprimidos para uso imediato, temos matéria-prima para produzir mais nove milhões de tratamentos”, está publicado no site oficial.
Nos últimos meses, jornais de todo o mundo têm noticiado sintomas, internações e até mortes causadas pela nova Gripe. Popularmente chamada de Gripe Suína, até pela origem do vírus, a Influenza A (H1N1) já matou, até hoje, 800 pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, 44 já faleceram vítima da doença.
Ouça nota veículada pela Rádio 730 {mp3}http://www.novo.radio730.com.br/images/stories/2009/Julho/28/audio_jornal/VICTOR_HUGO___INFLUENZA{/mp3}
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