Londrina é a primeira cidade brasileira a testar em operação real do transporte público um ônibus movido a biometano. O projeto do gás 100% proveniente de resíduos é da prefeitura do município paranaense, em parceria com a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) e a Scania.

O biometano é obtido do biogás, que é gerado da decomposição de rejeitos orgânicos vegetais, animais ou urbanos. Assim, com ele, a cidade espera reduzir as emissões de carbono do setor de transporte e alcançar a meta de emissões dos acordos internacionais sobre o clima.

Já existem no mercado opções de veículos menos poluentes, como os carros elétricos. Então, eles melhoram a qualidade do ar nas cidades e reduzem os dados respiratórios para a saúde. O biometano de Londrina é produzido por subprodutos do setor sucroenergético e revendido pela empresa de gás, a Gastech.

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, afirmou que o projeto explora a potência das indústrias da cidade. Além disso, ele mostrou o desejo de “transformar o município na primeira cidade industrial sustentável do Brasil”.

Teste

O Paraná produz atualmente cerca de 2 milhões de metros cúbicos de biometano por dia. Mas em relação ao país, a expectativa da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) é produzir 30 milhões de metros cúbicos do combustível até 2030. Com isso, então, o biometano pode reduzir as emissões de CO2 em até 90% em comparação com combustíveis como o diesel.

Os testes em Londrina ocorreram numa operação real no transporte de passageiros da cidade. Paulo Genezini, gerente de Sustentabilidade da Scania Operações Comerciais Brasil, mostrou animação com os testes.

“Temos certeza que esta ação inédita com o biometano numa operação regular urbana será um divisor de águas para que mais cidades preocupadas com a redução da emissão de poluentes coloquem em prática frotas mais eficientes”, disse.

Rafael Lamastra Jr., CEO da Compagas, reforçou a importância da indústria local no projeto e a redução de resíduos sólidos. “Com esse teste mostramos, na prática, que é possível viabilizar a utilização local da energia gerada pela agroindústria, aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto, nas frotas do transporte coletivo das cidades, gerando economia circular, emprego e renda aos nossos municípios”, contou.

*Com informações do portal Ciclo Vivo

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