Dia 9 de maio é comemorado o Dia do Policial Civil. Para celebrar, a forma escolhida foi à realização de uma mega operação em todo Brasil. O conselho nacional da instituição organizou ações nos 26 estados e no Distrito Federal. A Operação PC-27 foi feita de acordo com as particularidades de cada estado. Em Goiás foram realizadas duas grandes operações: Dilúvio e Resgate. As ações ocorreram em 33 cidades do Estado.

Delegacias especializadas e regionais fizeram ações localizadas que resultaram em resultados como: a prisão do maior ladrão de cargas de cigarro do estado, resgate de dependentes químicos em uma clínica de recuperação de fachada em Goiatuba, entre outras ações. Mais de 100 pessoas foram presas e mais de 160 mandados de busca e apreensão cumpridos. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Joaquim Mesquita, ressaltou que união entre a Polícia Civil e Militar foi fundamental.

“Essa ação representa uma ação firme, enérgica, uma ação coordenada e conjunta entre a Polícia Civil e Militar. É uma demonstração clara que estas instituições são instituições que trabalham em prol da sociedade e sendo necessário possuem a capacidade e competência de eventualmente cortar na própria carne. Ressalto que todos esses procedimentos serão ainda concluídos e há o prazo legal para que isso ocorra e além disso será resguardado a todos os acusados o contraditório e a ampla defesa”, comentou.

Prisão de militares

Um desdobramento da PC-27 foi a Operação Resgate. Em Goianira, 17 dos 30 policiais do pelotão desta cidade foram presos. Os policiais são acusados de estarem envolvidos em diversos crimes, entre eles tráfico de drogas, vendas de armas, roubos de veículos e possivelmente homicídios. O delegado que atuava na cidade foi afastado do cargo.

O diretor geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, disse que o delegado de Goianira está sendo investigado por ter sido no mínimo omisso com a situação que ocorrida no município. “Há informações que ele não apurava os fatos criminosos que aconteciam naquele município, fatos diversos como homicídios, trafico de drogas. Nós estamos apurando essa possível omissão. Por enquanto nós afastamos o delegado e o escrivão”, explicou.

O caso de Goianira também foi apurado pela Corregedoria da PM. Eles ficarão detidos no presídio militar. O comandante geral da PM, Coronel Sílvio Benedito Alves, salientou que ele tinha conhecimento das investigações que estavam em andamento.

“Durante todo o momento eu fui informado pelo secretário do que estava acontecendo. A operação foi conjunta, nós tínhamos o conhecimento que haviam algumas investigações que poderiam desencadear nesta operação de hoje. Nós estamos cortando na própria carne, não temos nenhuma dificuldade de tirar do meio pessoas que desvirtuam”, ressaltou.

Reportagem de Samuel Straioto.