Recentemente em Belo Horizonte, o Atlético Mineiro contou com sua torcida no jogo contra o River Plate pela Copa Libertadores. Também na capital mineira, o Cruzeiro teve público na vitória sobre o Confiança na Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, o prefeito Alexandre Kalil já proibiu mais jogos com presença de torcedores, pois no Mineirão não foram cumpridos os protocolos de segurança. Como alternativa, os jogos dos times mineiros podem ser transferidos para a cidade de Sete Lagoas. Em Brasília, os jogos com público também estão liberados. O Flamengo se utilizou da liberação da Conmebol para confrontos da Libertadores.

Em Goiânia, o presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro, disse em suas redes sociais, espera que a Prefeitura libere o quanto antes, e que pretende ir ao STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva – para ter a autorização na esfera esportiva e contar com a galera em jogos no Estádio Hailé Pinheiro (Serrinha) antes mesmo da execução de plano de retorno feito pela CBF, que entrará em ação quando pelo menos 80% das cidades que recebem jogos do Campeonato Brasileiro estejam aptas.

Acerto o Goiás na decisão, já que o acordo entre clubes não foi respeitado? O que pensam os comentaristas da Sagres sobre a intenção do dirigente esmeraldino?

André Isac

“Duas coisas ficam provadas nesta situação. Os clubes não têm união e a CBF não pode decidir mais sobre esta situação do público. Todos estavam de acordo no conselho arbitral, que quando voltasse para um, seria para todos, com isonomia esportiva na competição. O Cruzeiro se adiantou, deu uma de espertalhão, colocou público no seu jogo e a CBF não conseguiu impedir. Agora é cada um por si, não existe mais acordo, foi quebrado. Que o Goiás, Vila Nova e outros clubes, busquem seus direitos e coloquem público em seus estádios”.

José Carlos Lopes

“Pra mim não tem nada seguro. Vimos em Belo Horizonte a confusão que deu no jogo do Atlético Mineiro. Aproveitaram o problema do jogo do Atlético, pra corrigir em parte para a partida do Cruzeiro, mesmo assim com problemas. Acho que não tem nada seguro. Ir para um restaurante não é seguro, ir no supermercado não é seguro, subir em um ônibus lotado não é seguro, mas a vida tem que andar, então sou favorável que tenha esse evento teste para os nossos times”.

Charlie Pereira

“Melhor saída seria procurar primeiro a CBF, pedir uma reunião com todos os clubes e colocar o assunto em pauta. Nesta reunião se posicionar que tem o desejo de ir ao STJD já que o acordo não foi respeitado por todos. Na minha visão esse precisa ser o primeiro passo. A CBF que hoje, mesmo sem comando, é que precisa se posicionar de maneira forte e não fazer que o assunto não é com ela”.