Encerrando o primeiro dia do Encontro Formativo para profissionais do Programa em Regime de Colaboração pela Criança Alfabetizada, o AlfaMais Goiás, a analista de conhecimento aplicado da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (SP), Ana Cláudia Cipriano, ministrou uma palestra com o tema ‘Qualidade na Educação Goiana: acompanhamento de contextos e de aprendizagens.

De acordo com a palestrante, o objetivo foi abordar conceitos da qualidade da educação infantil, pautados em implementar de fato a base comum curricular.

“Respeitando os eixos estruturantes, que estão desde as diretrizes curriculares, que é a interação e a brincadeira, e que as crianças possam aprender por meio de oportunidades de aprendizagem contextualizadas, respeitando o lúdico, a criança como protagonista, o quanto que isso é feito de uma maneira processual com o professor trabalhando com essas crianças no dia a dia leva a qualidade da educação”, afirmou.

Para Ana Cláudia Cipriano, a educação infantil, para além de ter os objetivos por si só, também começa as bases para a alfabetização.

“As crianças já começam e têm muita curiosidade pelo mundo letrado desde sempre, e como os profissionais da educação podem trabalhar desde a educação infantil para manter essa curiosidade e a vontade da criança é um desafio. Então, acho que um desafio muito grande que a gente vê é essa quebra quando a criança sai da educação infantil para o ensino fundamental, porque muda totalmente o formato da educação”, destacou.

(Ana Cláudia Cipriano | Foto: Sagres Online)

Profissionais da educação

Professora de educação infantil em Goiânia, Lilian Santos é uma das profissionais presentes no I Encontro Formativo do AlfaMais Goiás. Para ela, se os professores estiverem atentos às culturas orais e do escrito, trabalhando de forma lúdica e significativa, isso impacta no ensino fundamental das crianças.

“A alfabetização começa desde bebês, mas sistematicamente no ensino fundamental. Uma educação infantil bem feita, em que as crianças realmente se aproriem disso, favorece muito no processo”, opinou.

Sobre o evento, Lilian Santos afirmou que começar o primeiro módulo falando de acompanhamento do aprendizado das crianças é muito importante.

“Isso é muito novo para a educação infantil, como ampliar os processos de aprendizagem das crianças que são muito pequenas, crianças de 2, 4 ou 5 anos. É muito importante, porque a gente só pode melhorar aquilo que conseguimos perceber realmente. Pensar em uma avaliação que considera essas necessidades é importante para garantir que elas aprendam e se desenvolvam na educação infantil”, declarou.

Ana Lúcia Lopes, que é professora de alfabetização em Goiânia, também está participando do Encontro Formativo. Passado o primeiro dia do evento, ela contou que espera uma semana de muito aprendizado.

“A gente já fez essa retomada com as colegas, de ouvir as experiências, que é muito importante, mas a expectativa maior é de muita troca e aprendizado. A gente aprende muito aqui, principalmente ouvindo a experiência do outro e também trazendo a nossa para eles”, revelou.

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