Com o objetivo de tentar compreender a percepção da população brasileira sobre os direitos humanos e de gênero, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou a pesquisa “Percepção Social sobre Mulheres Defensoras de Direitos Humanos no Brasil”. O levantamento foi realizado pela ONU Mulheres em 2021 em cinco regiões do Brasil e contou com 1,2 mil entrevistadas e entrevistados de diferentes religiões, idades, raças e classes sociais.

A igualdade de direitos entre homens e mulheres foi reconhecida na concordância com a frase “homens e mulheres devem ter salários iguais quando exercem as mesmas funções” por 96% das pessoas entrevistadas.

Confira a pesquisa completa:

Outro aspecto positivo apontado pela pesquisa é a valorização da universalidade dos direitos humanos: 94% concordam com a frase “todas as pessoas, sem distinção, devem ter seus direitos humanos garantidos”.

Entretanto, a pesquisa apontou que cerca de um terço das pessoas respondentes aponta que quem mais se beneficia dos direitos humanos são “os bandidos”, e 40% acreditam que quem menos se beneficia são “os mais pobres”.

Estes números revelam um potencial desequilíbrio na percepção pública da atuação dos direitos humanos, que aparentam favorecer, segundo essa perspectiva, mais uma parte da sociedade do que outra.

Os números da pesquisa também variam entre os quesitos conhecimento, de quem é a favor e imagem de quem defende direitos. A maioria (61%) declara conhecer pouca coisa, nada ou quase nada sobre os direitos humanos. 

Os direitos humanos, por sua vez, são fundamentais para as sociedades democráticas e é dever do Estado não só garantir que estejam formalmente previstos nas leis, mas também criar condições para que toda a população possa ter acesso, de fato, a eles.

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