A Conferência Nacional Popular da Educação (Conape 2022) será realizada nos próximos dias 15, 16 e 17 de julho, na cidade de Natal (RN). Em entrevista à Sagres, o coordenador executivo do Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), Luiz Dourado, que organiza o evento, ressaltou que a Conferência busca recuperar o Plano Nacional de Educação (PNE) que, segundo ele, é subutilizado pelo governo federal.

“O FNPE e sua Conferência estão na luta para romper com os retrocessos que ocorreram nas políticas educacionais e para reafirmar o PNE como epicentro das políticas educativas. Esse plano tem sido secundarizado pelo atual governo federal. Essa luta também é contra corte e contingenciamentos de recursos para a área educacional”, declarou.

Assista a entrevista completa:

Para Luiz Dourado, o PNE é essencial pois “é o caminho para redemocratizar o acesso, a permanência e a gestão da educação”. “O Plano toca nas questões basilares da educação nacional. Para fazer valer as metas do PNE é preciso garantir o orçamento e o que a gente vem acompanhando a partir de 2016 é um corte grande nos recursos, comprometendo a execução do PNE”, afirmou.

Além de buscar a retomada do PNE, Luiz Dourado detalhou que o Conape terá seis eixos:

  • Década de lutas e conquistas sociais;
  • Planos de educação, nacional, estaduais, distrital e municipais, sistema nacional de educação, políticas setoriais e direito a educação;
  • Educação, direitos humanos e diversidade;
  • Valorização dos profissionais da educação;
  • Gestão democrática e financiamento para a educação;
  • Construção de um projeto de nação soberana, em defesa da democracia, da vida, dos direitos sociais e do PNE.

“A Conferência Nacional Popular é um movimento de resistência propositiva. Discute, coloca quais são os retrocessos e apresenta um conjunto de propostas. E em ano eleitoral é fundamental que essas propostas cheguem aos candidatos”, explicou o coordenador, que disse ainda que além de fazer cumprir o PNE, o Conape já objetiva a construção de um novo, considerando que a vigência do atual é até 2024.

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