As telas não saem mais da nossa vida. É em casa, no trabalho ou na escola, para o lazer e também para as obrigações. A neuropsicóloga Morgana Duarte alertou, porém, que a luminosidade, as letras pequenas e até mesmo o excesso com leituras digitais são prejudiciais à saúde. “Ficar longe causa uma ansiedade muito grande, então a gente tem observado muito isso. É uma demanda que tem chegado ao consultório, essa ansiedade. E uma questão de depressão e distúrbios do sono. Tem jovens que não dormem mais, passam o tempo todo, a noite toda conectado e se torna um vício. E a depressão muito voltada até pela questão da falta de afeto”, relatou a psicóloga.

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Mas para o estudante Riquel Santos o celular já faz parte da rotina. “Conversando com os amigos, rede social, assistindo vídeo e estudando também, porque o celular é uma ferramenta, principalmente, porque a gente precisa estar atualizado sobre as coisas. Tem as notícias que a gente gosta de ver. Eu particularmente, gosto muito de ler esportes”, afirmou o estudante.

E Riquel não está só, pois segundo pesquisa da Vigitel Brasil, 66% da população adulta fica, no mínimo, três horas do tempo livre por dia em frente à televisão, computador, celular ou tablets. Os jovens, entre 18 e 24 anos, passam ainda mais tempo em frente às telas, com um percentual de 86%. A pesquisa foi publicada em abril de 2022 pelo Ministério da Saúde.

No caso das crianças expostas às telas digitais, os pais precisam redobrar a atenção. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o tempo recomendado em frente à tela é de no máximo uma hora para crianças pequenas. Segundo a psicóloga, é preciso estabelecer uma rotina, para dar segurança às crianças e estimular o convívio social.

“A criança aprende brincando. Ela tem que ir para o chão, ter contato com a natureza, com a bicicleta, coisa que a gente não vê hoje em dia. Então quanto mais contato que essa criança tem com telas, menos contato e menos tempo ela terá com essa realidade”, concluiu.

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