A Páscoa comemorada neste final de Semana Santa em 2021 é a segunda em plena pandemia de Covid-19. Para os cristãos, a data representa a ressurreição de Jesus Cristo. Para os judeus, é a passagem do povo israelita da escravidão no Egito para a libertação da Terra Prometida, através da travessia do Mar Vermelho, descrita no Êxodo, o segundo livro do Antigo Testamento.

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior #238, da Sagres TV, o professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Joel Antônio Ferreira, faz uma reflexão sobre o cenário de apreensão, insegurança e expectativa vivido pelas pessoas em todo o planeta por causa da pandemia, e avalia que o momento é de ressignificação, pede religiosidade e serenidade interior para encarar a crise.

“Se nós estivéssemos em um momento tranquilo com relação à saúde universal, se estivéssemos em paz com todo o mundo, contraditoriamente estamos em pandemia, em qualquer época as pessoas de fé precisam fazer a sua adesão a Jesus Cristo. O que estou querendo dizer é que tendo ou não a pandemia, nós precisamos ter uma postura de quem crê que Jesus é o Cristo, o filho de Deus”, afirma.

Para Joel Ferreira, o atual momento de pandemia é semelhante à passagem bíblica do Êxodo, que retrata a fuga dos hebreus do Egito, atingido fortemente por dez pragas, e onde eram escravos do faraó Ramsés 2º. Segundo o professor da PUC-GO, tal qual era a atenção demonstrada por Moisés, que liderava a fuga do povo hebreu em direção à Terra Prometida, constante, assim devem ser os cuidados para evitar a disseminação do novo coronavírus.

“Se nós nos cuidarmos do modo como a imprensa está pedindo, conforme os médicos e enfermeiros nos orientam, nós estamos como os escravos hebreus, estamos nos preparando, porque Deus escutou o clamor daquele povo. Deus está escutando o nosso clamor, mas Deus quer que nós ajamos”, pondera.

Mais de um ano depois do ínicio da pandemia, a humanidade já iniciou a vacinação contra a doença do novo coronavírus, mas as doses estão longe de chegar para todos neste ano. Após uma verdadeira aula sobre o Êxodo, para o professor da PUC-GO, a Terra Prometida é a imunidade, e o povo precisa enfrentar o faraó: a vacina.

“Há esperança que a gente saia da terra do Egito hoje. A terra do Egito é esse momento de profunda insegurança que estamos”, conclui.

Confira a entrevista na íntegra no STM #238 a seguir, com Vinícius Tondolo e Lívia Baylão