O Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), se pronunciou sobre a decisão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira na Assembleia Legislativa, de quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico dele. Os três votos da base do governo estadual, formada pelos deputados Tales Barreto (PTB), Túlio Isac (PSDB) e Hélio de Sousa (DEM), que preside a Comissão venceu os dois votos da oposição, Daniel Vilela (PMDB) e Mauro Rubem (PT).

Em entrevista coletiva, acompanhado do candidato a vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB), o prefeito afirmou estar tranquilo em relação à quebra dos sigilos, mas indignado pela decisão ter sido tomada sem que ele seja um dos investigados da polícia federal na Operação Monte Carlo. “Não há nenhuma temeridade por nossa parte, da apresentação dos nossos dados com a maior transparência a população da cidade de Goiânia a quem eu devo todas as informações necessárias”, explica o prefeito.

Na opinião de Paulo Garcia, deveria fazer parte da vida pública a exposição de todos os dados que se fizerem necessários principalmente para homens e mulheres que ocupam cargos de gestão pública no Brasil. O prefeito declarou o sentimento de indignação, “eu não sou investigado, citado, não faço parte do objeto que motivou a criação da CPI da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Se quer fui apresentado como partícipe desse processo”.

Paulo Garcia ainda caracterizou a decisão como uma aberração jurídica e afirmou que a Comissão na Assembleia é submissa ao governo de Marconi Perillo. “Não há nenhum embasamento jurídico para a atitude que foi tomada pela CPI da Assembleia. É uma verdadeira aberração jurídica. Este é o termo que eu mais ouvi daquelas pessoas que são profissionais da área e que tem conhecimento amplo, consolidado, isso reforçou nossa indignação”, justifica.

Outra questão mencionada foi a atuação da CPI, em relação a não aprovação do requerimento que pedia o depoimento de Carlos Cachoeira. “Uma CPI que tem como objeto claro e definido investigação sobre os temas relacionados a Carlos Cachoeira se nega a convocar o principal ator, o próprio Cachoeira, porquê? Temem alguma coisa? Tem temor de alguma manifestação do senhor Cachoeira?”, questiona Paulo Garcia.