O Presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro concedeu uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (4/5), para comentar sobre a complicada situação financeira que a equipe passa e também as possíveis contratações para o Campeonato Brasileiro da Série B. Em uma de suas respostas, o presidente esclareceu a transição de atletas da base para o profissional da disputa do Campeonato Goiano. Segundo o dirigentes os atletas da base perderam referências em campo.

Leia também: Goiás negocia contratação de artilheiro do Carioca

“Por causa da incerteza financeira do clube para o restante do ano, nós entediamos que daria para jogar o Goiano de uma forma que poderíamos testar os jogadores da base, não só os que subiram, mas outros garotos. Também achávamos que os mais experientes dariam conta de segurar a ‘peteca’. Mas nosso jogadores mais rodados tiveram lesão, problemas pessoais e acabaram que eles não jogaram juntos quase nenhum jogo. Os meninos da base perderam um pouco de referência com a saída do Fernandão, do Shaylon e do Rafael Moura”.

Além do problema com os jogadores com mais experiência, o presidente ressaltou que os mais jovens também foram prejudicados. Sendo assim, citou exemplo de Henrique Lordeiro e Breno que sofreram lesões ficando mais de um mês no departamento médico, além da saída de João Marcos. “Não tivemos lateral direito no elenco, nem na base, buscamos o Ivan correndo. E com isso, tivemos que subir seis atletas do Sub-17. Então estamos falando de 21 atletas que foram aproveitados no Goiano, e a gente esperava um resultado melhor deles”.

Paulo Rogério Pinheiro durante entrevista (Foto: Divulgação / Fernando Lima)

Outro fator citado por Rogério Pinheiro foi a condição física que esses jovens atletas apresentaram durante a competição. Segundo ele, estava muito abaixo para jogadores que têm 19 e 20 anos. Ainda fez questão de ressaltar que a decisão de subir jogadores da base foi praticamente obrigado a tomar. “Você subir 21 atletas da base é errado, isso não se faz. Eu queimei etapas. Eu posso ter queimado uma geração inteira de atletas, mas era o que a gente dava conta de fazer. Não tínhamos condição financeira nenhum de fazer algo além disso”, afirmou Paulo Rogério.

Perguntado sobre a “geração queimada”, citando nomes como Miguel Figueira, Vinícius Lopes, índio e Iago Mendonça, Paulo Rogério salientou que essa geração de jogadores é diferente, eles trarão dinheiro ao Goiás e agora estão pegando rodagem e vão sim subir de produção novamente.

Mariana Tolentino é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a Unialfa sob supervisão do coordenador de esportes Charlie Pereira.