O presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro, revelou em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (11), que vai avaliar se renova ou não o contrato com a empresa Super Bolla, responsável por fornecer o material esportivo do clube. No mês passado, a venda dos uniformes da GREEN, da coleção “Da Arquibancada para a História”, foi suspensa por um erro no escudo. A empresa admitiu o fato.

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Na oportunidade, ficou faltando nos uniformes o traço que separa o mês de fundação do clube com o ano 6-4-1943. Além disso, torcedores do Goiás têm reclamado da qualidade do material.

“Temos contrato com a fabricante até 31 de dezembro deste ano, estamos cientes das falhas e eles também. Nós vamos sentar ainda em outubro. Se não nos der segurança que vá fazer algo diferente, com certeza já tem outras empresas nos procurando para entrar no lugar. É pertinente, a qualidade realmente está deixando a desejar”, reconheceu.

(Foto: Comunicação/GEC)

Apesar de admitir falhas da atual empresa e revelar contato com outras, Paulo Rogério Pinheiro também afirmou que atualmente está difícil negociar confecção de material esportivo. Para ilustrar, o presidente inclusive usou outro clube brasileiro como exemplo.

“Uma coisa que tem que deixar bem claro para todo mundo é que as fabricantes de material esportivo não estão dando material para ninguém. Tive acesso ao contrato do Atlético-MG, por exemplo, e eles vão pagar pelo material. Então, as marcas que querem patrocinar futebol, que são poucas, quando muito aumenta um pouco os royalties, que é a comissão do clube sobre a venda para utilização da marca. Algumas marcas já me procuraram desde o ano passado, mas todas com a proposta de fabricar pela marca e ter os royalties”, destacou.

Paulo Rogério Pinheiro, ainda sobre qualidade de material, preço e venda, defendeu que ele tem uma decisão difícil nas mãos: trabalhar com material bom e caro, mas ameaçar o sucesso das vendas de uniforme.

“Lançamos uma terceira camisa ano passado, pra mim foi a mais linda da história do clube, e tivemos uma venda fraquíssima. O material era mais robusto, porque o torcedor quer uma camisa que dure e a do jogador não dura, é para um jogo. Eu posso fazer uma camisa de custo de 250 ou 300 reais, mas meu torcedor não ia dar conta de comprar. Eu tenho que ponderar isso tudo. Se eu colocar a camisa muito cara com material caro, não vai se vender. Então, é uma decisão difícil. Agora, quanto ao acabamento, igual vocês viram do escudo, isso não pode acontecer, concordo com a torcida”, ressaltou.

O presidente do Goiás trouxe outro ponto durante a coletiva. De acordo com ele, muitos torcedores perguntam por que o clube não tem mais lojas espalhadas por Goiânia, e o dirigente explicou o motivo.

“A gente não ter loja também fora da 85, é uma coisa que eu sempre bato na tecla. Muita gente pergunta o motivo, mas o Goiás é uma associação sem fins lucrativos e não pode ter inscrição estadual, não tem como emitir nota fiscal. Estamos estudando uma forma de fazer isso”, garantiu.

Assista à entrevista coletiva na íntegra: