No Brasil, durante o mês de julho, cerca de 27% da geração de eletricidade total se deu a partir de fontes de energia eólica e solar. O montante de 14 TWh foi o maior registrado até o momento.

Os dados são do Energy & Climate Think Tank, da Ember, empresa com sede no Reino Unido voltada para o combate de mudanças climáticas.

Mudanças

Nesse contexto, o país entra na lista dos 25 países no mundo que superaram a marca de um quarto de produção de energia eólica e solar durante um mês. Durante julho, a energia eólica correspondeu a 19% da produção total (10 TWh), e a energia solar expressou 8% (4,1 TWh).

Com isso, os combustíveis fósseis representam 8,9% da matriz total, enquanto que a hidrelétrica, gerada por meio da transformação da força da água, atingiu o percentual de 70%. A última, em comparação ao mesmo período no ano passado, houve uma queda de três pontos percentuais.

Segundo a publicação, os dados indicam que a energia eólica e solar, juntas, geraram até o momento 19% da eletricidade no país, em 2023.

Efeitos

O aumento da produção do que especialistas consideram como “energia limpa” colabora de forma direta para a redução do uso de combustíveis fósseis. Nesse sentido, é possível verificar uma redução de 6,5 TWh.

“Houve uma mudança real na transição de energia limpa do Brasil, com o crescimento da energia eólica e solar neste ano duas vezes mais rápido do que em 2022”, afirmou Nicolas Fulghum, analistas de dados da Ember.

Em fevereiro, a empresa publicou um estudo que apontou um fato inédito no país ao longo da última década. Isso porque pela primeira vez, os combustíveis fósseis geraram menos de 5% da eletricidade do país durante fevereiro.

Gráfico mostra percentual de produção de eletricidade com utilização de combustíveis fósseis (Reprodução: Ember)

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 7 – Energia Acessível e Limpa

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