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A força-tarefa criada para investigar os crimes cometidos por João Teixeira de Faria, o João de Deus, apresentou nesta segunda-feira (2) mais uma denúncia contra o médium que atuava na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

Os detalhes sobre esta, que é a 11º denúncia por crimes sexuais, foram apresentados pela promotora de Justiça Renata Caroliny Ribeiro e Silva.

“Essa denúncia envolve com 11 vítimas das quais 4 não se encontram prescritas, portanto irão para execução penal, e 7 já se encontram prescritas. Os períodos de cometimento desses abusos sexuais, das quatro vítimas que não estão prescritas, foram cometidos entre 2010 e 2016. Já das 7 vítimas que já se encontram prescritas, os crimes foram cometidos entre 1976 a 2008”, afirma. 

As investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO), apresentadas pela promotora de justiça Renata Caroliny Ribeiro e Silva, ainda apuraram que além de abusar sexualmente de vítimas que sofriam de doenças como câncer, epilepsia e depressão, João de Deus ainda as ameaçava. O MP também fez um novo pedido de prisão preventiva contra o médium.

Até agora, um total de 319 vítimas procuraram o Ministério Público em todo o país apresentando algum tipo de queixa contra o João de Deus. Destes, 57 casos já foram repassados ao judiciário. De acordo com a promotora de Justiça Ariany Patrícia Gonçalves os crimes já são suficientes para render uma pena de mais de 450 para o médium.

Essas novas denúncias e o novo pedido de prisão preventiva contra João de Deus acontecem ao mesmo tempo em que existe uma previsão de julgamento de habeas corpus para o médium no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na próxima quarta-feira (4).

Com informações do repórter Rafael Bessa