Faltando uma rodada para o fim da Série B e com o acesso a elite do Brasileirão garantido, o Goiás já pensa em 2022 e na próxima competição: o Campeonato Goiano. Em entrevista exclusiva ao comentarista da Sagres, José Carlos Lopes, o presidente Paulo Rogério Pinheiro afirmou que o que ele fez esse ano – como a montagem de elenco pouco tempo antes de começar a segunda divisão – é para esquecer, mesmo que o time “tenha dado liga”.

“Eu fiz tudo errado esse ano, mas errado consciente. Começamos o Campeonato Goiano com o time sub-20, lembrando que dos 18 que eu subi, sete vieram do sub-17 direto para o profissional, todos de 18 anos. Então a gente arriscou tudo”.

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O dirigente esmeraldino relembrou a campanha na Copa do Brasil, que o time estava incompleto, sem um lateral e meia de ofício “o David Duarte terminou como centro-avante, mas eu avisei todo mundo, me cobrem em novembro. Então, tudo o que vocês viram esse ano torcedores, vocês esqueçam”.

Paulo Rogério quer vencer o Campeonato Goiano, mas para isso vai começar a competição – pelo menos nas três primeiras rodadas – com a equipe do sub-20.

“Depois já começam a entrar os jogadores nossos normais. Aí vai começar a Copa do Brasil e nós vamos estar voando baixo porque o corpo do time deste ano já está montado. Nós não temos o David (Duarte), já estamos indo atrás de dois zagueiros, caso o Reynaldo não renove com a gente. Vão ser contratados ainda nas férias”.

Além disso, foi comentado que Ivan não continuará na equipe, mas que Apodi permanece. Segundo o presidente, o baixo rendimento do lateral-direito se deu pelo cansaço durante a competição, porque corre muito “isso já é da idade dele, mas o Apodi consegue jogar uma série A”. Portanto, com a maioria dos atletas acertados para a próxima temporada, o Goiás vai reforçar algumas posições antes de iniciar o Goianão, mas o dirigente também ponderou sobre a Série A.

“Agora para o Brasileiro sim, vamos trazer os jogadores para vestir a camisa mesmo. E vamos trazer aqueles desconhecidos, como foi o Dieguinho, o Reynaldo, como foi o Rezende para ver se vai dar certo. Nós não vamos nem apresentar para a imprensa. Jogadores baratos demais, para a Série B é barato, imagina para a Série A. Mas se der resultado, são ativos para o clube, podemos fazer dinheiro com eles. Se não derem certo, a gente dispensa, vende barato e vai atrás de outros”.

Por fim, Paulo Rogério Pinheiro ressaltou que não há condições do Goiás aceitar ou ir atrás de jogadores vitrines da elite, porque são muito caros e o clube não tem como arcar com essas contratações: “o Goiás não vai entrar em leilão”.

Confira a entrevista de Paulo Rogério ao Sistema Sagres

Mariana Tolentino é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com Iphac e a Unialfa sob supervisão da jornalista Tandara Reis.