O Goiás é o 13º colocado no Brasileirão da Série B, com 40 pontos conquistados. Colado no Esmeraldino está o Paysandu, adversário deste sábado, 22. Apesar da proximidade das equipes na tabela, o duelo do estádio Mangueirão não causará grandes impactos. Os dois times, tradicionais no cenário do futebol nacional, praticamente não brigam por mais nada.

Mesmo longe do G-4 e com distância confortável para a zona da degola, o treinador Dado Cavalcanti trata o Alviverde e seu comandante, Gilson Kleina, com muito respeito e, por isso, não deu pistas sobre a escalação.

“Não é qualquer jogo, independente de quais sejam as condições que o Goiás está vindo, perdeu um clássico, o treinador expulso. É um adversário que não se intimida, que joga bem fora de casa e tem jogadores de nível Série A. Faz sete jogos que eu não solto a escalação antes do jogo. Dessa vez não vai ser diferente. Só momentos antes da partida. Eu conheço muitos dos nossos adversários, conheço o Marcelo Cabo, o Kleina, e sei que eles usam muito as informações para mexer um pouco no trabalho deles e eu não vou municiá-los com essa arma. Ele (Kleina) já é um cara que trabalha muito isso, estuda demais os adversários, então joguei um pouquinho mais de interrogação na cabeça dele” , afirma.

Especial

A partida de sábado será especial para Dado Cavalcanti. Contra o Goiás, o treinador completará 100 jogos comandando o Papão. Cavalcanti está em sua segunda passagem pelo Bicolor paraense. Na primeira, iniciada em 2015, o técnico levou o clube às quartas de final da Copa do Brasil e também conduziu o Paysandu à sétima posição na Série B daquele ano, com o time brigando até o final pelo acesso.

Em 2016, o início ruim na Segundona levou Cavalcanti a pedir demissão do cargo no dia 7 de junho. Após dois meses fora da Curuzu, ele foi recontratado para assumir o posto do demitido Gilmar Dal Pozzo. Com história no Paysandu, o treinador comemora a marca, mas lamenta que as trajetórias de seus companheiros no Brasil não sejam tão longas.

“Infelizmente, no futebol, não é algo normal. A média de permanência dos treinadores é de três meses e meio. Estou conseguindo permanecer por tanto tempo em uma mesma equipe tendo, principalmente, o reconhecimento das pessoas que fazem o Paysandu e do nosso torcedor. O tempo nos traz tranquilidade para criticar alguns problemas, para entender e intervir dentro do vestiário; o conhecimento do atleta nos trás um pouco mais de intimidade. Hoje eu sei, por exemplo, aquele jogador que só funciona no palavrão, e tem aquele que não funciona de forma alguma se você levantar um pouco a voz. Então já tenho essa percepção de cada um, e isso só se adquire com o tempo”, completa.

Paysandu e Goiás se enfrentam neste sábado, 22, às 17h no estádio Mangueirão.