Nesta semana pude observar um relatório da Pluri Consultoria Esportiva sobre os clubes de futebol e o potencial econômico existente em cada um dos clubes brasileiros. Como ponto de partida, foram coletadas as informações divulgadas pelo o IBGE no Censo realizado em 2010 onde se tem dados da população brasileira sob vários aspectos.

Mais uma vez, ela ressuscita uma eterna disputa em quem tem a maior torcida, em especial no estado de Goiás. Fazendo um recorte para a nossa realidade, os esmeraldinos lideram com 800 mil torcedores em todo o país, sendo 97% deles residentes em nosso estado e o restante em outras regiões. De acordo com a pesquisa, o Goiás tem a maior torcida do Centro Oeste Brasileiro.

O Vila Nova é o segundo time com maior número de torcedores com estimativa de 600 mil vilanovenses. O Atlético vem na terceira colocação com 400 mil torcedores. De acordo com o instituto, tanto o Vila Nova quanto o Atlético, não possuem torcedores fora do estado de Goiás.

Na prática, durante o Campeonato Goiano 2012, a situação se distorce pelo momento técnico existente dentro de campo. Entre os times da capital, como mandante, o Atlético tem a melhor média de 4.733 torcedores por jogo (está em terceiro no geral). O Goiás vem na segunda colocação com 3815 torcedores por jogo (o verde está em quarto no geral) e o Vila Nova vem na sequência (em nono em todo o campeonato) com apenas 2005 torcedores de média.

Com relação a capacidade financeira dos torcedores de nossos clubes, existem um equilíbrio muito grande. O Goiás tem o torcedor com maior poder aquisitivo: sendo R$514 por mês por torcedor (em média). Na sequência vem o Atlético com R$ 512 e o Vila Nova com R$ 506.

Lembro que estes valores correspondem a média e como descreve o relatório “… É importante ressaltar que essa medida é uma média, pois dentro do universo de torcedores existe uma grande diversidade de renda, existindo desde algumas poucas pessoas com ganhos altíssimos, até uma grande quantidade de pessoas que não possuem renda alguma. Isso vale para todos os clubes, variando apenas o nível de renda média.”.

Outros dois pontos de destaque que precisam ser observados pelos dirigentes goianos para tentar montar o perfil do torcedor goiano: 73% da população goiana torce para algum time de futebol. Existe um mercado de 27% que pode ser expandido e conquistado. Do total de goianos que torcem para algum clube de futebol, 60% tem preferência por um clube de fora.

Diante desses números, aliados a falta de conforto, segurança, respeito, jogos atrativos, valores dos ingressos e outros tantos argumentos utilizados para a falta de público em nossos estádios fica interessante retomar a discussão sobre a AUSÊNCIA DE TORCEDORES NOS ESTÁDIOS.

Estamos na véspera de dois grandes clássicos de nosso futebol: Goiás x Atlético no sábado e Vila Nova x Goiás no outro final de semana. Eu vejo pouca movimentação, muito medo e mais uma vez a tendência de um clássico entre as moscas.

Qual o papel da imprensa nesta mudança?

Qual o papel dos clubes?

Qual a responsabilidade dos torcedores?

Qual medida deveria ser tomada pelos organizados dos eventos para que reascenda a paixão do goiano pelo futebol e pelo esporte?

O que faria um torcedor de um time de fora de simpatizar e ter preferência pelo clube local?

Ficou interessado em ler os relatórios. Confira:

O tamanho das torcidas

A renda dos torcedores