Apenas 34% das empresas implementam políticas eficazes de saúde mental, apesar de 99% dos profissionais de RH ou gestão de pessoas acreditarem na importância de estratégias voltadas para o bem-estar psicológico dos colaboradores. Essa constatação é resultado de uma pesquisa conduzida pelo Infojobs, empresa especializada em soluções para recursos humanos.

Os resultados do estudo revelam que 61% dos trabalhadores não experimentam satisfação ou felicidade em seus empregos, e surpreendentemente, 86% estariam dispostos a mudar de emprego em busca de um ambiente mais propício à saúde mental.

“A atração e a retenção de talentos estão entre os maiores desafios enfrentados atualmente. E mesmo que a pesquisa indique que em 41% das organizações a felicidade corporativa e bem-estar dos funcionários tenham destaque para o time de gestão de pessoas, as ações não são implementadas como deveriam”, avalia Ana Paula Prado, CEO do Infojobs. 

Profissionais de RH

A maioria expressiva dos profissionais de RH (91%) reconhece que os benefícios direcionados à saúde mental desempenham um papel fundamental na atração e retenção de talentos. No entanto, 75% dos participantes da pesquisa afirmam que suas empresas atuais ou anteriores carecem de iniciativas e suporte relacionados à saúde mental.

Nas organizações que já adotam medidas para promover o bem-estar psicológico, as principais abordagens incluem campanhas de bem-estar e saúde mental (43%), suporte de psicólogos (41%), canais de escuta ativa (37%) e treinamento para desenvolver lideranças empáticas (35%).

Além disso, 96% dos profissionais de RH ou gestão de pessoas acreditam que o recrutamento humanizado pode ser considerado uma prática voltada para a saúde mental. No estudo de 2022, 93% dos profissionais de RH já compartilhavam essa crença.

Insegurança

Um aspecto preocupante é que pouco mais da metade (55%) dos respondentes não se sentem psicologicamente seguros em suas empresas atuais ou anteriores. Entre os fatores mais prejudiciais destacam-se um ambiente ou liderança tóxica e abusiva (64%), pressões excessivas por resultados (40%) e constante pressão (37%).

“A pesquisa também revelou que 86% dos participantes acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos colaboradores. Algumas razões podem explicar a afirmação, como a falta de diálogo aberto durante todo o ano e olhar individual para cada colaborador, com a intenção de entender as necessidades únicas e particulares. Mas, além de encontrar justificativas, devemos encontrar soluções”, afirma.

Nesse contexto, é essencial que as lideranças e os departamentos de RH se comprometam a sensibilizar e educar sobre temas relacionados à saúde mental, promovendo uma cultura que priorize o bem-estar de cada colaborador.

“Fomos acostumados com um mercado de trabalho competitivo e com grande pressão para resultados, mas ano após ano percebemos que é possível equilibrar vidas pessoal e profissional. Além de garantir satisfação, ainda impacta diretamente na produtividade e qualidade”, conclui.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem Estar

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