Dados da pesquisa Indicadores Industriais, realizada mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), apresentaram comportamento positivo na comparação de julho/2012 com o mês anterior. No geral, os resultados indicaram crescimento da atividade industrial, inclusive em relação ao ano passado, porém em ritmo moderado.

No ano, a inconstância entre os resultados das variáveis pesquisadas tem sido frequente, sinalizando que as incertezas do cenário internacional têm, de certa forma, repercutido sobre a economia local, contudo de maneira menos acentuada do que naqueles estados que têm sua atividade industrial calcada nas exportações e nas indústrias de bens de capital.

Observa-se a agroindústria goiana em destaque no cenário nacional, ela vem garantindo expansão da atividade industrial local em 2012, principalmente considerando os investimentos realizados ao longo dos últimos anos e a diversificação da base produtiva no estado.

Com o terceiro resultado positivo no ano, as vendas industriais cresceram 1,92% em relação a junho/2012, revertendo, em parte, a queda de 7,46% registrada naquele mês. Tal comportamento contribuiu para incrementar a expansão existente em relação a 2011, atingindo crescimento de 3,67%. Vale dizer que mesmo com uma frequência maior de resultados negativos ao longo do ano, os resultados positivos têm sido de maior magnitude, o que garante crescimento no acumulado de 2012 em relação a 2011.

Como indicador da expressividade dos resultados positivos neste ano em relação ao ano passado, pode-se citar o crescimento de 6,49% em julho/2012 em relação à igual período do ano passado. Tais ocorrências vêm garantindo a expansão no ano e colocando em destaque as características produtivas locais.Receita

 

O emprego industrial apresentou nova queda, de 0,81%, quase no mesmo nível da registrada anteriormente, que foi de 0,77%. Trata-se do terceiro resultado negativo no ano e do segundo consecutivo. Apesar dos resultados negativos, houve pequena expansão em comparação com os primeiros sete meses de 2011.

O crescimento em relação ao ano passado é de 0,64% e, considerando as características da produção local, a qual apresenta crescimento, habitualmente, no segundo e terceiro trimestres, pode-se ter uma ampliação deste resultado de forma a consolidar o aumento do emprego industrial em Goiás no ano.

“A variável emprego consiste em uma das mais representativas da pesquisa, por sinalizar tendências mercadológicas, posto que contratações refletem a expansão de mercado, e as demissões, num primeiro momento, indicam ajustes de mercado, e em seguida, desaquecimento”, explica o economista da Fieg, responsável pela pesquisa, Cláudio Henrique de Oliveira. Na análise atual, ele ressalta que é verificado crescimento do emprego no ano em relação a 2011 e, com habitualidade para o terceiro trimestre, tem-se a expectativa de variação positiva. “Daí, poder-se inferir que o mercado está aquecido, porém de forma moderada”, completa.emprego

A massa salarial industrial avançou 7,22% em relação a junho/2012. Quarto resultado positivo e consecutivo no ano. O economista afirma que especialmente em julho/2012, houve pagamento de verba não rotineira, tais como Participação nos Lucros e Resultados, e essa contribuiu, em parte, para incrementar a massa salarial industrial paga pelo setor.

Destaca-se que com relação a julho/2011 houve expansão de 9,66%. Esse comportamento contribuiu, juntamente com uma sequência de outros resultados positivos, para o avanço em 2012. Registrou-se crescimento de 5,47% na massa salarial paga, que se apresenta expandida em face da ampliação do contingente empregado e das reposições salariais realizadas.salário

A utilização da capacidade instalada apresentou pequeno avanço em relação ao mês anterior. Houve registro de crescimento da ordem de 0,20% e que esse se sucedeu após queda registrada em junho/2012. Ao longo do ano, são cinco resultados positivos e dois negativos. Esse comportamento apresenta como resultado acumulado um crescimento em 2012 de 1,60% em relação a 2011.

Apesar de julho ter apresentado bom comportamento em relação ao mês anterior, verificou-se que na comparação com julho/2011 houve perda de 0,56%. Pode-se atribuir tal resultado à variação no contingente empregado no setor industrial verificada em julho, bem como a divergência existente entre os dois momentos econômicos, ou seja, o cenário de baixo consumo em 2012 contra uma situação mais favorável vivida no ano passado. Há de se destacar, no entanto, a magnitude desses resultados que apresentam forte divergência. Presume-se que tal variação vem decorrendo do atual cenário econômico internacional, que continuará a apresentar sobressaltos.

Da Assessoria de Comunicação da Fieg.