Uma pesquisa realizada no Laboratório de Radiobiologia e Ambiente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena-USP) testou a efetividade da  água sanitária contra o mosquito da dengue. O estudo liderado pelo professor Valter Arthur avaliou se o cloro é eficaz no combate às larvas do Aedes aegypti.

A pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) aponta a dosagem ideal para prevenir a proliferação das larvas do mosquito. Sendo, então, de 10 miligramas de cloro por litro d’água parada, uma quantidade equivalente a uma colher de sobremesa.

A água sanitária é recomendada contra às larvas do mosquito desde 2008. Mas o professor Valter Arthur explicou que é preciso refazer os testes para avaliar se as larvas criaram resistência ao produto. Além disso, o foco da nova pesquisa estava na quantidade necessária para combater as larvas.

“Esse trabalho foi desenvolvido por nós, pois já estávamos trabalhando no nosso laboratório com a criação do mosquito. A gente testou diversas concentrações do produto em água e fizemos diversos tratamentos. Cada tratamento a gente repetiu quatro repetições com dez larvas”, contou.

Soluções biológicas

O laboratório da USP está desenvolvendo outros meios de combater a proliferação do Aedes aegypti. Uma delas é a possibilidade de em breve comtelo com soluções biológicas, como a soltura de mosquitos estéreis criados em laboratório no ambiente natural do mosquito.

“Esses métodos biológicos não agridem, muito pelo contrário, ajudam o meio ambiente. Mas é preciso ter verba e financiamento de pesquisa. Esses métodos são feitos esporadicamente, aqui e ali, mas deveriam ser feitos de modo geral, em todo Estado do País”, disse.

As soluções biológicas substituiriam a opção do hipoclorito de sódio, que é vantajoso, mas pode perder a eficácia contra os insetos e ainda prejudicar o meio ambiente. “O produto químico, além de poluir o ambiente, nunca mata 100% dos insetos e os que sobram criam resistência, então é preciso aumentar a concentração do produto ou mudar o produto”, explicou.

*Com informações do Jornal da USP

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 3 – Saúde e Bem-estar.

Leia mais: