Nova rodada da Pesquisa Serpes, do jornal O Popular, publicada neste domingo, 12, mostra que a nova fase da eleição, pós convenções, ainda não começou.
O cenário é o mesmo da pré-campanha. Está como antes. Está aberto, o que está expresso nos dados destacados nesta terça, 14: seis em cada dez goianos têm nenhum ou pouco interesse pelas eleições deste ano.
Os dados: 38,2% dos entrevistados pelo Serpes disseram não se interessar e 23,8% afirmaram dar pouca importância ao pleito. Ainda: 15,5% dos eleitores afirmaram estar muito interessados na disputa; 21,1% classificaram o interesse como médio. O público que não opinou: 1,4%.
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Ela confirma que a campanha para o Senado em Goiás mexe no jogo como nunca.
O favoritismo de Marconi Perillo é real, porém a cada novo levantamento em que ele aparece próximo de outros candidatos, mais se alastra a percepção de que ele pode perder. E isso afeta todos os lados: os governistas se mostram preocupados, e os oposicionistas, cada dia mais animados com a possibilidade de sua derrota. Se a eleição é plebiscitária, significa que a aposta/torcida contra Marconi vai aumentar. Ele estará em xeque pelos 20 aos de poder, e na disputa direta pelo Senado.
Vanderlan Cardoso tem números de saída que o colocam no jogo, com chances reais. É novidade, até porque só teve sua candidatura confirmada na convenção do PP.
Em resumo: disputa para o Senado, assim como a de governo, está aberta. Mais diretamente na disputa estão Marconi Perillo, Lúcia Vânia, Jorge Kajuru e Vanderlan Cardoso.
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O discurso de que a adesão do PP ao MDB foi jogada de Marconi Perillo cai por terra. Isso está na boca de governistas, como forma de justificar a perda dos pepitas: teria sido uma jogada inteligente, e não uma ação desastrada. Se foi jogada, o risco é grande: para Marconi, já que coloca Vanderlan na disputa, e para José Eliton, que vê Daniel crescer.
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Para José Eliton: ou dá arrancada de vez e urgente, ou vai ficar para trás. Ideia de que a campanha ainda não começou de verdade não pega mais. É fato que espaço está aberto, porém é fato também que, se ele não mostrar suas armas e avançar logo, pode passar da hora.
José Eliton tem mais com que se preocupar: a avaliação do governo em 21,1% (ótimo e bom), é péssima notícia.
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Na proporção dos fatos novos, o MDB de Daniel Vilela é o que mais tem a comemorar. Sai de uma situação negativa, que o colocava quase fora da disputa, para fôlego renovado. Convenção, apoio do PP e, agora, a pesquisa, tudo contribui a favor, com uma sequência de fatos positivos que têm mexido com os brios de tradicionais emedebistas no interior. Nas redes sociais, isso ficou mais visível.
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Ronaldo Caiado, naturalmente, também tem muito a comemorar. Mantém a liderança e mantém acesa, inclusive, o discurso de vitória possível no primeiro turno.
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A campanha vai definir. E os candidatos concordarem com isso apenas confirma o que estava evidente e foi escancarado nas últimas semanas.
Quanto a este aspecto, temos: 1) governo tem maior estrutura; 2) MDB está enferrujado (ainda que tenha se animado nos últimos dias); Caiado está com a sua campanha desorganizada e, agora, organização (foco, profissionalismo) isso é tudo.
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A conferir: Marconi Perillo depende de José Eliton e José Eliton depende de Marconi Perillo. O mesmo raciocínio vale para a senadora Lúcia Vânia. Isso significa que ideia de campanha solo soa como sinônimo de isolamento.
Se aposta de Daniel Vilela para atingir todo o Estado e ficar conhecido está no programa eleitoral gratuito, é esperança de um tiro só.
Para Ronaldo Caiado, liderança é estratégica e corre a seu favor. O que não dá pra perder de vista: campanha, ganha quem erra menos.
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A pesquisa:
ESTIMULADA
Ronaldo Caiado (DEM) – 39,8%
José Eliton (PSDB) – 9,9%
Daniel Vilela (MDB) – 8,6%
Kátia Maria (PT) – 2,9%
Weslei Garcia (PSOL) – 2%
Marcelo Lira (PCB) – 0,9%
Marcelo não foi incluído nas pesquisas anteriores porque sua candidatura só foi lançado pelo partido em julho.
ESPONTÂNEA
Caiado – 15,5%
Eliton – 3,7%
Daniel – 1,9%
Weslei – 0,5%
Kátia – 0,4%
Marcelo Lira
0,2%. 64% dos eleitores se disseram indecisos e outros 12,9% afirmaram que anularão o voto ou não votarão.
SEGUNDO TURNO
1
Ronaldo Caiado 49,7% X José Eliton 19,5%
Nesse cenário, indecisos são 14,6% e 16,2% afirmam que não votariam.⠀
1⠀
Ronaldo Caiado 49,3% X Daniel Vilela 18,4%
Nesse cenário, 16,9% anulariam o voto ou não votariam e 15,5% estão indecisos.⠀
Rejeição
REJEIÇÃO
Ronaldo Caiado – 22,1%
Kátia Maria – 18,9%
José Eliton – 17,9%.
Daniel Vilela – 16%
Weslei Garcia -13,7%
Marcelo Lira – 13,6%
* 48,9% dos entrevistados disseram não rejeitar nenhum dos candidatos ao governo, e outros 3,1% afirmaram não saber.
* Em relação ao levantamento anterior, houve variações dentro da margem de erro. Caiado tinha rejeição de 20,8%, Eliton, 18,2% e Kátia Maria, de 18%. Daniel tinha rejeição de 15% e Weslei, de 13,4%.
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Obs.:
PCO aprovou nome da professora Alda Lúcia Monteiro de Souza para a disputa ao governo do Estado. Como a ata do evento só foi divulgada após o registro da pesquisa na Justiça Eleitoral, o nome dela não aparece na estimulada.
A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 10 de agosto, com 801 eleitores. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos porcentuais. Do total de eleitores, 19,4% se disseram indecisos e 16,6% relataram que não vão votar ou vão anular o voto.
Foi contratada pela J. Câmara e Irmãos/Jornal O Popular e registrada com o protocolo número BR-03484/2018 no TSE e protocolo número GO-00996/2018 no TRE, ambas em 5 de agosto de 2018.
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PESQUISAS ANTERIORES
Ronaldo Caiado
Estimulada abril: 39,7%
Estimulada dezembro (Acieg): 44%
Zé Eliton
Estimulada abril: 6,7%
Estimulada dezembro (Acieg): 6,2%
Daniel Vilela
Estimulada abril: 6,2%
Estimulada dezembro (Acieg): 12.1%
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