As primeiras pesquisas de intenções de votos para Presidente da República em 2022 foram divulgadas. Segundo o cientista político, Frank Tavares, geralmente as primeiras coletas tendem a observar mais o comportamento do eleitorado, mas ele avaliou que os percentuais das pesquisas Ipec, Genial/Quaest e BTG/FSB já indicam uma estabilidade nas intenções de votos para o Planalto.
Assista a análise com o cientista político Frank Tavares na íntegra:
“Todas essas pesquisas operando com amostras e técnicas de coleta de dados diferentes indicam uma só grande conclusão, ou seja, estabilidade no que diz respeito às intenções de voto. Isso se repete de duas maneiras, mais de 70% do eleitorado que manifesta a posição em favor de um dos candidatos líderes, Lula ou Bolsonaro, também manifesta que não vai mudar de opinião”, disse.
A pesquisa encomendada pela TV Globo ao Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) divulgada na segunda-feira (15), apontou que o ex-presidente Lula (PT) possui 44% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) acumula 32% das menções.
Ouça a entrevista em formato de podcast:
Ouça ““Pesquisas indicam estabilidade nas intenções de votos para presidente”, afirma cientista político” no Spreaker.Na análise do cientista político, os diferentes métodos dos institutos consolidam essa estabilidade. Algumas são realizadas por telefone e outras de forma presencial. Além disso, há outros fatores diferenciais, como a Genial/Quaest que opera entre pessoas com mais renda e a Ipec que entrevista um público maior de baixa renda do país. Outro ponto importante está no próprio formato da pesquisa.
“O percentual de intenções de votos que Lula e Bolsonaro têm na chamada pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados para a pessoa pesquisada, e na pesquisa pesquisa chamada espontânea, quando a pessoa tem que lembrar da própria cabeça qual é o candidato, eles já estão muito próximos. Significa que o voto está cada vez mais consolidados”.
Apesar da possibilidade de decisão no primeiro turno favorável ao candidato Lula, Tavares ressaltou a diferença pequena de intenções de votos entre o petista e Bolsonaro, o que pode indicar uma tendência de segundo turno.
“As retas estão estáveis, se a gente pegar qual é a possibilidade percentual de voto do Lula, ela oscila na margem de erro há mais de um ano, está dentro da margem de erro em todos os institutos [de pesquisa]. O mesmo diz respeito ao Bolsonaro, ele sobe um ponto, desce um ponto, mas há cerca de um ano está tudo muito estável. Essa estabilidade está no que diz respeito a votos válidos com uma coisa entre 46% ou 47% do Lula e 51%. Então é impossível estatisticamente do ponto de vista técnico científico prognosticar se a eleição vai terminar no primeiro turno ou não”, explicou.
De acordo com Tavares, o que tende a acontecer na disputa entre Lula e Bolsonaro vai depender das decisões dos eleitores dos demais candidatos. “Haverá uma acomodação das intenções de voto. E daqui até outubro, provavelmente uma corrida dos remanescentes eleitores da chamada terceira via pode definir se acontecerá ou não um segundo turno.
Outros Candidatos
O desempenho dos demais candidatos na pesquisa Ipec mostra que Ciro Gomes (PDT) com 6%, Simone Tebet (MDB) 2% e Vera (PSTU) com 1% das intenções fecham o quadro dos canditatos que pontuaram na pesquisa.
Constituinte Eymael (DC), Felipe d’Avila (NOVO), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (PROS), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (UNIÃO) mesmo sendo citados, não conseguiram alcançar a marca de 1% na pesquisa.
As pesquisas registradas podem ser consultadas no site do Tribunal Superior Eleitoral.
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