Um dos assuntos abordados pelo programa Tom Maior desta quarta-feira (10) são as crenças limitantes, pensamentos e interpretações que as pessoas podem tomar como verdadeiros mesmo que não sejam, e que são como cicatrizes formadas por experiências ruins que vivenciamos.

Segundo o dentista e especialista em gestão na Área de Saúde e CEO da SIS Consultoria, Eber Feltrim, crenças limitantes são algo que o indivíduo constrói em sua mente e que nem sempre condizem com a verdade.

“É como se de repente as pessoas construíssem barreiras porque elas acreditam que é daquela forma, mesmo não sendo. Isso vai criando bloqueios e o cérebro vai realmente entendendo que é impossível fazer aquilo, que o obstáculo é intransponível e que jamais vai conseguir inovar em determinada situação. Então a pessoa vai construindo estes pensamentos até chegar a um ponto que se torna uma crença e toma uma grande proporção”, afirma.

O dentista explica também que as crenças limitantes podem ser comparadas com uma autossabotagem. “É o corpo e a mente se sabotando em determinadas situações, é exatamente uma autossabotagem, pois o indivíduo não acredita que aquela ação seja possível, mesmo que possa ser”, explicou.

De acordo com Feltrim, é importante se manter próximo a pessoas que são resilientes. “As pessoas ao nosso redor podem contribuir para estimular essas crenças ou minimizá-las. Se o tempo todo tem alguém falando frases negativas como ‘você não nasceu para isso’, ‘você não consegue’ ou ‘você não dá conta’, isso gera um efeito reforçador para que a gente continue acreditando que não vai funcionar e que não vai dar certo”, analisa. “Pessoas resilientes vão te impulsionar de forma positiva”, complementa.

O dentista esclarece também por que é tão comum a mente humana realizar essa sabotagem. “Nós não fomos treinados para grandes desafios, é mais gostoso ficar em uma zona de conforto que superar determinados obstáculos. Por ser mais confortável o indivíduo não sair daquela situação em que está, naturalmente ele acaba entendendo que é muito difícil conseguir sair daquela zona de conforto, simplesmente por uma questão de adaptação e comodidade. O cérebro se acostuma com o que é bom e os gatilhos costumam sempre voltar para aquelas zonas de conforto”, esclarece.

Confira na íntegra a entrevista com Eber Feltrim no Tom Maior desta quarta-feira (10)