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Um levantamento feito pelo Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Economia, aponta que a economia goiana cresceu acima da média nacional no primeiro trimestre de 2019. O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás apresentou crescimento de 1,3%, diante de 0,5% no Brasil, em comparação com o mesmo período de 2018.
Segundo os números, o Estado teve aumento de produção nos setores da agropecuária, 1,1%, na indústria, 1,4%, e no de serviço, 1,2%, nos três primeiros meses do ano. O desempenho se diferenciou do nacional. Os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que, na mesma data, somente o setor de serviços apresentou variação positiva no Brasil, 1,2%. A indústria e a agropecuária brasileira tiveram queda de -1,1 e -0,1, respectivamente.
De acordo com o responsável pelo estudo, o economista Rafael dos Reis Costa, o resultado mostra um bom início de ano para Goiás, visto que no primeiro trimestre de 2018 a situação era oposta, quando o indicador de produção apontava retração.
O bom desempenho de atividades representativas da economia goiana foi responsável por impulsionar a economia. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, apresentado no estudo do IMB, mostra crescimento na produção de culturas importantes no Estado, no primeiro trimestre de 2019, como a cana-de-açúcar (3,4%), o sorgo (5,3%) e o algodão herbáceo (5,5%). Destaque para a produção de milho, que atingiu 9.878.927 toneladas e teve aumento de 4,6%.
O setor de serviços, que tem participação de 65,1% do PIB goiano, registrou crescimento em relação ao ano anterior. Destacaram-se a produção de tecidos, vestuário e calçados (28,6%); o comércio de veículos, motocicletas, partes e peças (10,8%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (27,1%). O crescimento da indústria de transformação, ancorado na fabricação de produtos alimentícios (4,0%) e na produção de coque (30,4%), que são produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, também ajudaram na elevação do indicador.
O diretor do IMB, Cláudio André Gondim Nogueira, acredita que o resultado é positivo, mas é preciso cautela para avaliar o comportamento do PIB no restante do ano. “Estamos em um período de recuperação lenta da economia e os investidores estão esperando a concretização de reformas importantes. As expectativas de crescimento nacional estão diminuindo e esperamos que não se reflita em Goiás, que tem uma estrutura produtiva competitiva”, falou Cláudio Nogueira.
IMB
O Instituto Mauro Borges faz parte da estrutura da Secretaria de Economia de Goiás e a expectativa é que ele se torne uma ferramenta cada vez mais estratégica. O Instituto busca assessorar secretarias e órgãos do governo com informações, estudos e análises que auxiliem na tomada de decisão para a transformação da sociedade.
Com informações do Goiás Agora