O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) promoveu nesta terça-feira (10), em Brasília, o lançamento nacional do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg). O local do evento é simbólico: a Floresta Nacional (Flona) de Brasília, em Taguatinga (DF). Esta foi a primeira unidade de conservação (UC) do Brasil que dispõe de um Plano de Restauração Ecológica.
A Flona sofreu, em novembro, o pior incêndio dos últimos dez anos. Foram destruídos 2.176 hectares de mata, o equivalente a quase 40% de toda a área da unidade, que fica a 23 km do centro de Brasília. Apesar da gravidade, o fogo foi controlado em poucos dias e, atualmente, a área passa por recuperação com a ajuda de centenas de voluntários. Além de apoiar as ações de recuperação da vegetação e da estrutura física, os voluntários continuam realizando o resgate e a alimentação da fauna, bem como a doação de sementes e mudas.
“Isso é um bom exemplo, na prática, do que é o Planaveg. A restauração da vegetação nativa da Flona está sendo feita com a ajuda das pessoas. A participação da sociedade é uma das marcas do Plano”, explicou a secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita. A diretora do Departamento de Florestas do MMA, Fabíola Zerbini, também participou do lançamento do plano. Assim como o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires. O órgão é responsável pela gestão das UCs federais.
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Plano
Integrantes de organizações que atuam na restauração da vegetação do Cerrado e de outros biomas também estiveram presentes. Eles compartilharam com o plano suas experiências e aprendizados nas ações de restauração de ecossistemas degradados.
O que é?
O Planaveg 2025-2028 teve apresentação inicial na COP16 da Biodiversidade, em Cali, na Colômbia, em outubro. O plano é o principal instrumento para a implementação da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg). O Plano tem como meta recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o país até 2030. O número representa compromisso com definição pelo Brasil em 2015 durante a COP21, no contexto do Acordo de Paris.
Viabilização
Para executar as ações do Plano, o MMA e o BNDES anunciaram a destinação de R$ 1 bilhão, por meio de dois fundos. O valor se divide entre R$ 450 milhões do Fundo Amazônia e R$ 550 milhões como financiamento reembolsável oriundos do Fundo Clima. Os três primeiros editais para a iniciativa Restaura Amazônia, que integra o Planaveg, tiveram lançamento na última semana. O objetivo é selecionar projetos de restauração no Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas.
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*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudanças Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.