200 mil embalagens plásticas foram usadas na construção de um quilômetro do trecho da Rodovia Washington Luís, entre Rio Claro e São Carlos, no interior de São Paulo. Um grave problema ambiental, que é a destinação e reuso do plástico, pode resultar na produção de um tipo novo de asfalto.

Apenas as embalagens flexíveis, utilizadas para proteger alimentos como: bolachas, pães, biscoitos, salgadinhos, entre outros são aproveitadas.

Em seguida, o material é lavado para evitar que haja qualquer tipo de contaminação.

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As embalagens são cortadas e moídas até se transformarem em pequenos grãos; Depois, esses grãos são misturados ao asfalto líquido (piche).

Por último, ocorre a mistura com pedras, dentro de um grande tambor aquecido a altas temperaturas, até atingirem a consistência ideal para aplicação na via.

A composição é de aproximadamente 95% de pedras e 5% de asfalto.

Vantagem

Durante os ensaios de desenvolvimento em escala de laboratório mostraram que a composição com o plástico entrega no mínimo 30% a mais de durabilidade e performance, que significa conseguir suportar cargas mais pesadas e um fluxo de trânsito mais intenso.

Se a tecnologia fosse utilizada em todas as rodovias asfaltadas, mais de 80 bilhões de embalagens plásticas poderiam ser eliminadas do meio ambiente.

O uso do plástico reciclado para pavimentação de estradas é uma tecnologia desenvolvida pela Dow, empresa de ciência de materiais, em parceria com a Eixo SP Concessionária de Rodovias S.A, do Grupo Ecological, e da Stratura Asfaltos S.A.

O uso neste primeiro trecho acontece depois de um ano de estudos e testes em laboratório.

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