O balanço financeiro do governo estadual, com superávit no primeiro quadrimestre depois da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), e o abacaxi nas mãos do governador Ronaldo Caiado (UB), para decidir sobre a vaga ao Senado na chapa majoritária, são os temas desta edição do PodFalar. O primeiro podcast de política de Goiás tem a apresentação e comentários dos jornalistas Rafael Rodrigues, Samuel Straioto e Rubens Salomão.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que autorizou partidos a apresentarem candidaturas ao Senado de forma independente, mexeu com o jogo político em Goiás, principalmente na base de Ronaldo Caiado, em que diferentes nomes buscam um lugar na chapa do governador. A decisão pode aumentar a dificuldade para o governador, já que agora fica mais difícil um nome ceder espaço para outro, por conta das possíveis candidaturas independentes.

O presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, avalia que a decisão é legítima, mas que pode causar desarmonia na base. Os ministros do TSE responderam a uma consulta feita pelo deputado federal Delegado Waldir (União Brasil). Segundo Waldir, em conversa com o governador nesta semana, Caiado teria novamente destacado que a decisão é dos partidos e não dele.

Pré-candidato ao Senado, Lissauer Vieira (PSD) relata que o ideal seria a convergência em torno de um nome. O TSE decidiu que partidos coligados para concorrer ao governo do Estado não podem fazer outra aliança para o cargo de senador.

Segundo bloco

O governo de Goiás teve superávit orçamentário de R$ 2,39 bilhões nos primeiros quatro meses de 2022. Os números são melhores que os registrados no mesmo período de 2021, com alta de R$ 1,67 bilhão. Os números foram apresentados pela secretária de Economia, Cristiane Schmidt, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Este é o primeiro relatório entregue após a vigência do Regime de Recuperação Fiscal, que ocorreu em Goiás a partir do dia 1° de janeiro de 2022, e demonstra que o Estado cumpre as metas de despesas acertadas com a União.

A receita subiu para R$ 12,4 bilhões, número que supera os R$ 10,5 bilhões de 2021. As despesas estaduais liquidadas foram maiores nos quatro primeiros meses do ano, e alcançaram cerca de R$ 10 bilhões de despesas diversas, contra R$ 8,89 bilhões nos quatro primeiros meses do ano passado.

A Receita Corrente Líquida (RCL) cresceu 18% e atingiu R$ 33,3 bilhões nos últimos 12 meses. Ela foi de R$ 28,2 bilhões no mesmo período de 2021. O maior aumento foi no Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), de 27%, seguido pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com incremento de 25%. Em terceiro lugar veio o Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA), com 13%.

Nesta semana, o governador Ronaldo Caiado também comentou a evolução financeira do Estado, ao longo da gestão dele.

Língua solta

Primeiro, a fala de Jair Bolsonaro quando vieram à tona denúncias de suposto esquema de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). Em março, o presidente saiu em defesa do então ministro da Educação, Milton Ribeiro. Já nesta semana, a defesa não foi tão contundente assim.

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