Os altos degraus da escada política do ex-governador Marconi Perillo, que tenta subir em direção à retomada em Goiás, e a reta final das convenções partidárias, com as estruturas das chapas do governo e da oposição, são os temas desta edição do PodFalar. Tem ainda a língua solta do ex-presidente Lula, que considerou em entrevista não escolher um PGR da lista tríplice, como fez o presidente Jair Bolsonaro.

Ouça o programa em formato de podcast:

Ouça “PodFalar #194 | Os altos degraus da escada política de Marconi e a língua solta de Lula” no Spreaker.

Esta edição do primeiro podcast de política de Goiás tem apresentação e comentários dos jornalistas Rubens Salomão, Rafael Rodrigues e Samuel Straioto.

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) intensificou nas últimas duas semanas conversas com o objetivo de ampliar grupo de apoio à pré-candidatura dele ao governo de goiás, lançada no dia 16 de julho. O tucano, no entanto, ainda não encontrou aliança considerada mínima para o projeto e considera ser candidato a deputado federal, diante do objetivo nacional de fortalecer a bancada do partido no Congresso.

A informação passou a ser comentário corrente entre tucanos nos últimos dias, principalmente depois de conversas de Marconi com o deputado federal José Guimarães (CE), que coordena as conversas sobre alianças do PT nos estados, e com lideranças tucanas, como o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e o senador Tasso Jereissati.

Os tucanos em Goiás insistem no nome do ex-governador para o governo e apontam que ainda há prazo para que o partido avance em alianças e evite o lançamento de chapa majoritária puro-sangue em torno de Marconi Perillo.

A aliados, Marconi tem afirmado que não pretende sair candidato em “aventura” e sem respaldo para disputa ao governo. Até o prazo final das convenções, na próxima sexta-feira, dia 5 de agosto, o tucano pretende conversar os poucos partidos que ainda não definiram rumo nesta disputa.

Segundo bloco

A próxima semana marca a reta final das convenções partidárias e a definição de grupos políticos para a eleição deste ano em Goiás. Entre os principais elementos estão a divisão da base bolsonarista no estado, entre as candidaturas de Vitor Hugo (PL), Gustavo Mendanha (Patriota) e Ronaldo Caiado (UB). Há ainda a divisão da esquerda, já que PCB, UP e PSOL decidiram lançar candidaturas próprias ao governo.

Língua Solta

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou que pode mudar a forma de escolha do chefe do Ministério Público Federal. Nos oito anos em que esteve à frente do Executivo, o petista selecionou para procurador-geral da República um dos nomes indicados pela categoria em lista tríplice. Depois, a ex-presidente Dilma Rousseff, fez o mesmo nos seis anos em que ocupou o Palácio do Planalto.

A intenção de prestigiar o Ministério Público, na prática, resultou em revés para os dois. Em entrevista ao UOL, nesta semana, Lula deu sinais de que pode mudar de ideia se for eleito presidente em outubro.

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