A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), em parceria com a Vigilância Sanitária, estourou na última segunda-feira (13) em Goiânia dois laboratórios nos quais eram fabricados medicamentos clandestinos.
Paulo Sérgio da Silva, suspeito de ser o mantenedor de ambos estabelecimentos inspecionados, foi preso e deverá ser responsabilizado mediante inquérito policial por adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.
De acordo com o titular da Decon, delegado Webert Leonardo, os medicamentos estava sendo fabricados em uma residência localizada na Avenida Paranaíba, no centro da capital. Com base nessas informações, a Polícia Civil (PC) iniciou há dois meses as investigações, que comprovaram a denúncia.
“Apreendemos aproximadamente meia tonelada de equipamentos, maquinários, insumos naturais e outros que nós suspeitamos que possam causar dependência física e química, cápsulas vazias, cheias, rótulos de marcas diferentes diversas e documentos que comprovavam a movimentação financeira do investigado”, relata o delegado.
O titular da Decon explica ainda que os medicamentos eram adulterados com outras substâncias que podem levar à morte. Se ficarem comprovadas a origem das substâncias, Paulo Sérgio da Silva pode ser autuado também por tráfico de drogas. Pela quantidade do material recolhido, a PC afirma que há mais envolvidos no esquema.
“Sabemos, por ora, que são vários fornecedores, até pela quantidade de material apreendido. Residentes em Goiás e fora do estado. Também precisamos saber a origem, a procedência desses produtos. Ele adquire esses produtos e revende tanto no atacado quanto no varejo”, afirma.
O suspeito foi indiciado por crime contra a saúde pública, que consiste na adulteração dos medicamentos fitoterápicos, e pode pegar pena de 10 a 15 anos de reclusão.
Com informações da repórter Bruna Moreira
