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A Polícia Civil investiga a licitação realizada pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) para compra de sabão em pó, que seria fornecido à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).

Vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a Semas descobriram na última quinta-feira (13) denúncia de que a Prefeitura de Goiânia teria adquirido 2,5 toneladas de sal tingido de azul, como se fosse sabão em pó.

O produto, armazenado em pacotes de 3 e 5 quilos, foi localizado em um depósito da Pasta após uma denúncia recebida pela Comissão.  “Aqui, em um teste rápido, ao colocar o produto na boca, percebemos que ele tem textura e sabor de sal”, ressaltou o presidente da CEI, Felizberto Tavares (PR). “Na água, o corante sai e fica só o sal”, reafirmou o vereador Jair Diamantino (DC).

De acordo com informações obtidas pela CEI, o produto foi adquirido por meio de licitação pela Secretaria Municipal de Administração. O valor de mercado do sabão é bem mais alto do que o do sal, representando possíveis prejuízos para o município.

O presidente da CEI acionou a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), que vai analisar a qualidade do produto. A Semas informou ainda que o caso também será investigado pelo município e os fornecedores convocados a prestar esclarecimentos. O produto, que já havia sido distribuído para os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e para as casas de acolhida administradas pela Semas, já foi recolhido.

Até esta publicação, a produção não conseguiu contato com a empresa que fornece o sabão em pó, nem com a Semad ou com a Prefeitura. O espaço segue aberto.