A Polícia Civil de Goiás entra em greve a partir desta quarta-feira (11). Os agentes e escrivães cruzam o braços reivindicando aumento salarial e preenchimento de 3.500 vagas com realização de concurso público. Eles atenderão apenas flagrantes, além de manter investigação de crimes considerados hediondos.

“O governo deu um tratamento diferenciado para os delegados, deixando o resto da categoria a ver navios. Hoje, não podemos aceitar um piso menor do que R$ 7 mil”, protestou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Silveira Alves, durante a Assembleia da categoria.

Peritos criminais e médicos legistas também cruzam os braços – o efetivo será reduzido para 30% – reivindicando melhores salários. Porta voz da categoria, a perita Gisele Cristina Xavier afirma que o vencimento dos profissionais é um dos piores do Brasil. “Estamos nos sentindo desprestigiados em relação aos nossos pares da Segurança Pública”, argumenta.

Resposta

Em nota conjunta, as secretarias de Gestão e Planejamento e de Segurança Pública informaram, em relação às reivindicações dos agentes de Polícia Civil, escrivães, peritos e médicos legistas, que “não há espaço para a elaboração de proposta remuneratória que esteja em descompasso com a contrapartida por mérito do servidor público”.

A nota ressalta a dificuldade financeira enfrentada pela administração estadual, além dos compromissos de concessão da data-base anual a todos os servidores públicos estaduais e a obrigatoriedade de observância dos limites de gastos com pessoal determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

De acordo com o texto, foi apresentada a proposta de instituição do bônus por resultados, que poderá alcançar até 20% do subsídio atual dos peritos e médicos legistas, por critérios de mérito.

Também para os agentes e escrivães, foi apresentada proposta de instituição do bônus por resultados, que poderá alcançar até 20% do subsídio atual dos escrivães e agentes de polícia ativos, por critérios de mérito, aferidos em avaliação de desempenho individual.