A alta nos preços dos combustíveis já resulta em uma diminuição nas vendas dos postos. É o que afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, em entrevista à Sagres TV nesta terça-feira (26), se comparado ao ano de 2019. Assista a partir de 00:44:00

“Em relação a 2019, os postos estão vendendo em torno de 10% a 15% menos do que o período pré-pandemia. O preço tem sido um fator preponderante na questão da redução, mas também pela mudança de comportamento do consumidor frente às novas situações em função da Covid”, explica.

Em Goiânia, o preço médio da gasolina, por exemplo, já é de R$ 7,27, isso sem o reajuste anunciado ontem (25) pela Petrobras, já que este aumento ainda não chegou às bombas. E não é só o consumidor que sente no bolso. De acordo com o presidente do Sindiposto, os estabelecimento também são afetados pelas altas frequentes nos valores.

“A cada momento que tem um aumento, o posto precisa fazer um aporte financeiro para que ele consiga manter os estoques disponíveis para o consumidor. Isso vem penalizando o dono do posto”, afirma Andrade.

A crise causada pela pandemia também resultou na redução do quadro de funcionários nos estabelecimentos. De acordo com Márcio Andrade, os postos têm atuado no limite, e novas demissões tornariam inviável a operação.

“Quem tinha que fazer os cortes, já foi efetuado, isso principalmente no período da pandemia. Muitos outros postos já readmitiram uma parcela de funcionários ou alguns foram afastados temporariamente pela medida provisória do governo que previa o afastamento remunerado, e agora os postos já estão no limite, não tem como reduzir mais”, estima.