Aumento foi analisado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou nesta segunda-feira (27) um aumento médio dos principais itens da cesta básica de alimentos. Entre 8 de fevereiro e 7 de março, a variação foi de apenas 0,06%; já em 23 de março a 22 de abril, a variação subiu para 1,86%. Com isso, o consumidor tem sentido no bolso o aumento dos alimentos desde o início do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil.

Para o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE, a procura por produtos nos supermercados aumentou devido as famílias estarem em casa. “As famílias passaram a fazer todas as refeições em casa – café, almoço e janta. E pedir comida em restaurante custa mais caro. Então a melhor opção é comprar no mercado, mesmo que se pague um pouco mais nesse momento”, explica.

De acordo com o responsável pelo levantamento, outros fatores também ajudaram a elevar os preços, como efeitos sazonais e a alta do dólar.

“Tivemos uma safra de feijão menos expressiva. Por isso os preços avançaram tanto. Já os ovos, que já haviam subido 7,21%, continuaram subindo 6,57%, pois há um aumento do consumo desse item no período da quaresma. A desvalorização cambial também colaborou, pois atua sobre o preço das commodities. Se o trigo fica mais caro, por exemplo, aumenta o preço dos derivados como o pão francês”, analisa.

Veja na tabela abaixo, a porcentagem estimada, dos principais itens da cesta básica de alimentos, com preços coletados entre 08 de fevereiro e 07 de março, e 23 de março a 22 de abril.

WhatsApp Image 2020-04-27 at 14.25.55.jpeg

Quer saber mais sobre o coronavírus? Clique aqui e acompanhe todas as notícias, tire as suas dúvidas e confira como se proteger da doença