O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), realizou nesta terça-feira a prestação de contas relativas à administração no segundo quadrimestre deste ano. Os números deveriam ter sido publicados até o fim de setembro, o que só ocorreu às 22h desta segunda-feira (17). O prefeito destacou resultados positivos sobre o equilíbrio financeiro.
Segundo ele, a dívida com fornecedores, que era de R$ 340 milhões, caiu para R$280 milhões, e o déficit mensal, que chegou a ser de R$ 34 milhões, foi resolvido. Há pelo menos dois anos, a prefeitura estaria em situação de superávit, ou seja, arrecadando mais do que gasta.
Apesar das boas notícias, Paulo Garcia preferiu não dar detalhes sobre o erro contábil que teria sido corrigido e que resultou na redução para 49,72% a relação entre folha de pagamento e Receita Corrente Líquida. “Essa é uma resposta exclusivamente técnica. O secretário de Finanças ele pode explicar em detalhes sem que eu tenha omitido algum dado”, afirma o prefeito.
Com a redução no percentual, o gasto da folha em relação à receita líquida, que agora não está mais acima do limite permitido pela legislação.
Como orientado pelo prefeito, foram buscadas respostas do secretário de Finanças, Jeovalter Correia, sobre os erros contábeis que teriam sido cometidos pela prefeitura em prestações de contas relativas aos últimos dois quadrimestres. O secretário se negou a falar sobre a prestação de contas. “Na medida do possível a gente vai fazer este detalhamento. O momento certo nós ainda vamos definir”, resume.
A ausência de explicações já motiva desconfianças de vereadores da oposição, que questionam a veracidade dos dados apresentados pelo prefeito. A Secretaria de Finanças ainda não sinalizou quando as informações das contas públicas serão apresentadas de forma detalhada.
